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hikafigueiredo

"Arraste-me para o Inferno", de Sam Raimi, 2009

Filme do dia (178/2021) - "Arraste-me para o Inferno", de Sam Raimi, 2009 - Christine Brown (Alison Lohman) é uma gerente de banco júnior que sonha com uma promoção em vias de acontecer. Por pressão de seu chefe, que espera que ela seja mais agressiva, ela nega a prorrogação da hipoteca de uma velha cigana, Sylvia Ganush (Lorna Raver), a qual lhe roga uma poderosa maldição. Christine terá três dias para livrar-se da maldição, caso contrário perderá sua alma para um terrível demônio.





Quem já viu algum dos filmes da trilogia "Uma Noite Alucinante" (1981, 1987 e 1992) sabe como são os filmes de terror de Sam Raimi - uma fusão de sobrenatural com cenas "gore" propositalmente exageradas e asquerosas com um toque de "terrir" e trash. Esta obra aqui não é diferente - ainda que a história capriche na tensão e na atmosfera de "ansiedade" frente ao tempo que corre rapidamente e levando em conta que os efeitos especiais são consideravelmente melhores do que aqueles apresentados na trilogia mencionada, o filme continua aliando o típico terror com cenas que, de tão "over", acabam nos levando ao riso, ainda que um riso mais de susto e apreensão do que propriamente graça. A história acompanha a ação desesperada de Christine para se livrar da maldição rogada pela cigana - lógico que, antes disso, a moça precisa se convencer de que é melhor levar a sério as palavras de um médium que a aconselha. A narrativa, então, é uma corrida contra o tempo, onde Christine, orientada por Rham Jas, o médium, procura uma forma de desviar do horrível destino a que está predestinada. A narrativa é linear, em ritmo crescente, bastante intenso no final. Os efeitos especiais são bem feitos e convincentes, ainda que muito muito muito exagerados - são litros de sangue que jorram e de fluídos corporais de cores e consistências inacreditáveis que são expelidos a cada meia hora: prepare-se para o nojinho. As interpretações são suficientes - ninguém ali almeja o Oscar, mas também ninguém faz feio. Alison Lohman consegue interpretar Christine com simpatia, assim como Justin Long, que faz Clay, namorado da protagonista, e Dileep Rao, como o médium; Lorna Raver está ótima como a cigana Sylvia, responsável pelas cenas mais tensas e nojentas da trama. O filme é beeeeem divertido e faz a felicidade de quem quer filme de terror, "mas nem tanto". Eu curto, mas exige um público específico.

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