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hikafigueiredo

"El Cid", de Anthony Mann, 1961

Filme do dia (168) - "El Cid", de Anthony Mann, 1961 - Durante o século XI, um cavaleiro conhecido por El Cid (Charlton Heston) luta pela defesa de seu rei e de seu reino contra invasores mouros vindos do Norte da África.





Nesse épico norte-americano temos um pouco da história do lendário herói espanhol "El Cid". À parte as abobrinhas históricas do filme - que, por exemplo, exalta o reino da Espanha "só" quatro séculos antes da unificação daquela - e considerando que nem tenho ideia se existe alguma fidelidade à história do próprio "El Cid" - além, evidentemente, da óbvia romantização do personagem histórico - a obra nada fica a dever a outros épicos do cinema hollywoodiano. No filme, tudo é muito grandioso - e em tempos em que eram parcos os recursos dos efeitos especiais, isso significa uma quantidade indizível de figurantes. A narrativa em tempo cronológico pode ser dividida em três frentes que se misturam e confundem - a relação amorosa de "El Cid" e sua amada Ximena (Sophia Loren); os feitos militares de "El Cid"; e os acordos, conchavos e traições internos da família real dos reinos envolvidos. A narrativa é correta, mas extremamente tradicional, o típico cinemão norte-americano. O filme possui uma belíssima fotografia, com grandes planos abertos e várias são as cenas externas. Para quem curte cenas de batalhas e duelos, a obra é um prato cheio. A escolha de Charlton Heston para o papel certamente visou uma repetição do sucesso do épico "Ben Hur", lançado dois anos antes. Eu, particularmente, não gosto das interpretações do ator, acho que ele tem um pé bem firme na canastrice, em todo caso, ele era o queridinho da época e repetiu a sua atuação em "Ben Hur". Sophia Loren, por sua vez, na minha opinião muito mais atriz que seu colega, dá vida e cores à personagem Ximena. Bom... eu sou meio chata com relação a épicos, acho todos (ou quase todos) meio exagerados, eles me cansam um pouco e "El Cid" não foi diferente. Admito que é um bom filme, só não é o tipo de obra que faz a minha cabeça. Mas para quem gosta do gênero, é bom sim e vale conferir.

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