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hikafigueiredo

"Extraordinário", de Stephen Chbosky, 2017

Filme do dia (54/2019) - "Extraordinário", de Stephen Chbosky, 2017 - Auggie (Jacob Tremblay) é um menino de dez anos com uma séria deformação facial de origem genética. Após anos estudando em casa com sua mãe, Auggie prepara-se para, pela primeira vez, frequentar uma escola regular. Mas, apesar do apoio de sua família, Auggie terá de enfrentar grandes desafios para sobreviver naquela nova realidade.





Resisti muito a assistir a esse filme. Dramas hollywoodianos são, com frequência, superficiais, manipuladores e melodramáticos. Obras focadas em auto-superação, via de regra, são ainda piores. Mas, por conta de uma admiração antiga pelo pequeno Jacob Tremblay, acabei por me render ao filme. Olha...a obra é bem o que eu disse acima - não aprofunda as questões internas dos personagens, cria situações de manipulação emocional do espectador e é melo-dramática. No entanto, o filme apresenta virtudes bem curiosas. Para mim, a principal delas foi a opção por não fechar o olhar, exclusivamente, no personagem Auggie. Ao mostrar, também, as razões de Via (Izabela Vidovic), Miranda (Danielle Rose Russell) e Jack (Noah Jupe), o filme sugere que todo mundo tem, em maior ou menor grau) problemas de aceitação, autoestima, solidão e mágoas e que uma ação pode ter muito mais justificativas por trás do que aparenta. Okay que o filme abre essa brecha interessante, mas não se aprofunda nas questões levantadas, além de abandonar o formato lá pelo meio da história, mas, ainda assim, enriquece o olhar que tinha tudo para ser mega limitado. Gostei do elenco jovem do filme: além do fofíssimo Jacob Tremblay, Izabela Vidovic e Noah Jupe dão cor a história, ao contrário de Julia Roberts e Owen Wilson que não saíram, nem por um segundo, de sua zona de conforto, interpretando personagens "mais do mesmo". Aliás, os pais "propaganda de margarina" da história são inverossímeis e chegaram a me irritar - muito mais verdadeira a personagem Olívia, cheia de complexos por ser a filha "esquecida" pela família. Ah, surpresinha - "nossa" Sônia Braga faz uma micro ponta no filme. O filme é tão bonitinho, quanto fraquinho - curto muito mais dramas que mostrem a realidade dolorosa da existência humana. É bem feito, tem o lindinho do Jacob Tremblay, mas é previsível que só. Aconselho só para público cativo do gênero.

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