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hikafigueiredo

"Joy: O Nome do Sucesso", de David O. Russell, 2015

Filme do dia (67/2017) - "Joy: O Nome do Sucesso", de David O. Russell, 2015 - Joy (Jennifer Lawrence) leva uma vida nada fácil para uma jovem mulher: divorciada, com dois filhos, tendo de morar com toda a sua família neurótica em uma casa hipotecada e cheia de sonhos frustrados, Joy vai equilibrando tudo da melhor forma possível. No entanto, uma chance de mudar sua realidade surge quando ela inventa um prático e inovador esfregão de chão.





Esse filme é a prova viva de que, romanceando um pouco os fatos, seguindo as regrinhas de roteiro de Hollywood e colocando alguns nomes de sucesso no elenco, é possível fazer um filme com qualquer porcaria de história. Que me perdoem os que gostaram da obra, mas, se analisarem a fundo, o argumento do filme, além de clichê - pessoa sem sucesso alcança a fama e riqueza à partir de seu esforço pessoal - é absolutamente insosso. Como se não bastasse, de certa forma, fazer propaganda da falácia da meritocracia (qualquer um pode "chegar lá", basta se empenhar em trabalhar bastante... e, claro, ter alguém que tope arriscar uns milhares de dólares em você), o filme ainda faz isso através de uma personagem cujo objetivo se limitou a "ganhar dinheiro" - pelo menos quando o personagem tem um objetivo um pouco menos chulé, como ganhar uma olimpíada, encontrar a cura para uma doença, ser imortalizado através de sua arte, profissão, ou qualquer coisa do gênero, ainda desce melhor esse modelão de filme, mas não vejo nada de excepcional em uma criatura que só quer fazer dinheiro... Gente, de boa, fazer filme sobre uma fofa que inventou um esfregão ???? Pelamor, né??? Mas, o que é incrível, é que é um filme "assistível", porque segue tão á risca o manual hollywoodiano, que dá para o gasto. Para completar, coloque um ou dois atores "modinha" - aqui, no caso, Jennifer Lawrence e Bradley Cooper (este último num papel sem qualquer importância, que poderia ser ocupado por qualquer ator desconhecido, e que não exige mínimo esforço do profissional) e, pronto, um filme para ver e esquecer após dez minutos - para mim, quase um anti-cinema. Não chega a ser um lixo completo porque segue a receita, é tecnicamente bem feito e Jennifer Lawrence fez quase que milagre com a atuação mas, para mim, é tudo o que eu não espero de um filme - superficial, não criativo, sem emoção e não questionador. Em outras palavras - absolutamente dispensável. Só mesmo para fãs da atriz.

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