Filme do dia (109/2020) - "O Caçador de Bruxas", de Michael Reeves, 1968 - Inglaterra, 1645. Mathew Hopkins (Vincent Price) é um advogado inquisidor que vaga pela Inglaterra promovendo o "julgamento" e a execução de pessoas condenadas por bruxaria. Mas sua má conduta fará com que um soldado saia ao seu encalço.
Quem me conhece sabe como eu sou fãnzaça do Vincent Price. Adoro sua parceria com o Estúdio Hammer e os filmes que fez acerca da obra de Edgar Allan Poe. Esta obra, no entanto, apesar de ser considerada um cult, não me conquistou. Talvez por ser uma avó dos filmes gore devido às várias cenas de tortura e execução - sendo também notório que eu detesto os filmes gore -, a obra não me despertou nenhum sensação de tensão ou medo. Talvez a única sensação que eu tenha vivenciado tenha sido mera aversão. Acho, inclusive, que este era o objetivo do filme - causar repulsa e indignação. Até acho que o filme foi fiel em mostrar como os processos inquisitórios em nome de deus eram naquela época - o interrogando tinha a "opção" de morrer durante a tortura (o que demonstraria sua inocência) ou sobreviver e morrer na execução (já que seria um adorador do capiroto)... gostou das possibilidades? Mas apesar dessa fidelidade histórica, achei o roteiro fraquinho e sem qualquer atmosfera de tensão ou terror. A qualidade técnica da obra é bem filme B - não chega a ser efetivamente ruim, mas está longe da qualidade das grandes produções da época. Certamente, o grande chamariz do filme é a presença de Vincent Price, o qual interpreta o odioso Matthew Hopkins. No elenco, ainda, Ian Ogilvy, Rupert Davies, Hilary Dwyes e Robert Russell como o sádico torturador John Steame. É... para mim, a única coisa que vale no filme é a presença de Vincent Price. Cult ou não, não aconselho não.
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