Filme do dia (156/2020) - "Uma Filha para o Diabo", de Peter Sykes, 1976 - O escritor John Verney (Richard Widmark) é procurado por um homem que implora para que ele afaste sua filha Catherine (Nastassja Kinski) de Michael Rayner (Christopher Lee), um ex-padre, excomungado, que pretende oferecê-la para o diabo.
Último filme da produtora Hammer, a obra não tem o mesmo brilho de outras tantas produções do estúdio. Baseado no livro homônimo de Dennis Wheatley, o filme começa bem, com um argumento interessante, mas perde o fôlego bem no finalzinho e desemboca em um desfecho medíocre (aquele tipo de final que faz a gente desconfiar que o autor, simplesmente, não soube como terminar a história e acabou de qualquer jeito). A narrativa consegue criar uma atmosfera sombria e angustiante - freiras e padres endemoniados sempre conseguem me deixar com medo. A produção segue a linha do estúdio - tecnicamente, no geral, é tudo bem feito, mas, quando chega nos esfeitos especiais, resvala um bocado (aqui tem um filhotinho de capiroto que, por Deus, não dava para ser mais "fake"). A música é usada da forma padrão dos filmes de terror, pontuando as cenas mais tensas. No elenco, Richard Widmark está muito bem como o bem intencionado John Verney - este é um ator com uma profícua carreira, já o vi em inúmeras filmes, muito embora jamais tenha tido grande reconhecimento; Sir Christopher Lee, da mesma forma, está super à vontade como o ex-padre Michael Rayner - ele é sempre muito melhor como vilão do que como o herói, sou mega fã dele!!! Nastassja Kinski, muito jovem e muito linda, faz direitinho sua personagem, mas nada de outro mundo, até porque o papel não exigia muito dela. Ó... é um filme de terror mediano - tem um ótimo argumento, uma realização razoável, e um desfecho péssimo -, mas acho que pode agradar quem gosta de filmes sobre o tema "demônio". Para amantes do gênero.
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