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  • hikafigueiredo

"Aladdin" de Guy Ritchie, 2019

Filme do dia (118/2019) - "Aladdin" de Guy Ritchie, 2019 - O jovem Aladdin (Mena Massoud) vive de pequenas furtos na cidade de Agrabah. Certo dia, Aladdin conhece e se apaixona por uma linda moça, sem saber que ela é a princesa Jasmine (Naomi Scott). Quando descobre a verdadeira identidade da jovem, Aladdin acredita não ter qualquer chance com ela. Mas, ao se apossar de uma lâmpada mágica e dela libertar um gênio (Will Smith), Aladdin crê ter encontrado o caminho para o coração de Jasmine.





"Live action" da animação homônima da Disney, o filme é quase uma transposição exata da história do desenho, com pouquíssimas alterações. Das modificações, a que mais se destaca é a "pegada feminista" que fez de Jasmine uma aspirante ao trono como uma sultana. Apesar da minha simpatia à causa, e ainda que a personagem Jasmine sempre tenha tido um lado "rebelde", a temática feminista ali me pareceu tão deslocada quanto seres do espaço que porventura tivessem entrado na história - ou seja, não "casa" com a narrativa, parecendo uma grande forçação de barra. Apesar deste "detalhe" pouco convincente, o filme até que se sai bem, conseguindo manter boa parte da alma da animação original. Com certo pânico, assisti à cena do passeio no tapete mágico, quando Aladdin e Jasmine cantam "A Whole New World" - minha cena predileta e a melhor música da obra -, respirando aliviada quando me dei conta de que eles não estragaram a cena e nem destruíram minha memória afetiva quanto a ela. As músicas foram mantidas e pelo menos uma foi acrescentada (a que Jasmine fala de suas aspirações políticas). Os efeitos especiais foram a contento e a direção de arte saltou aos olhos - muito boa! A caracterização dos personagens foi bem feita e os atores lembram muito os personagens da animação. Achei bom o trabalho de Naomi Scott, e razoável o de Mena Massoud, mas quem se destacou mesmo foi Will Smith como gênio, conseguindo fazer uma caracterização à altura da de Robin Williams no desenho. Achei o personagem Jafar, interpretado por Marwan Kenzari, um pouco sem graça, prefiro o da animação. Apesar do empenho de todas os atores reais, meu personagem predileto foi o tapete mágico - eu o adorei!!!! rs. Ó... os puristas vão torcer o nariz, dizendo que a animação bastava. Eu até concordo que essa avalanche de "live action" da Disney soa como crise criativa e já deu um pouco no saco, mas acho que, diante da perspectiva de destruírem um dos melhores desenhos do estúdio, acho que o resultado foi bem acima do previsto. Em outras palavras, precisar não precisava, mas já que fizeram, pelo menos não estragaram tudo. Não amei, mas também não detestei, dá para assistir sem querer morrer ao final.

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