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  • hikafigueiredo

"Prisão", de Ingmar Bergman, 1949

Filme do dia (61/2017) - "Prisão", de Ingmar Bergman, 1949 - Martin (Hasse Ekman) é um cineasta que recebe seu antigo professor de matemática, o qual lhe propõe um argumento de um roteiro - o mundo, como ele é, seria dominado pelo demônio e todas as ações humanas estariam vinculadas a ele. Martin alega ser um roteiro impossível, para decepção do professor. Horas depois, Martin conversa com seus amigos Thomas (Birger Malmsten) e Sofi (Eva Henning) e sabe, através deles, de uma entrevista que Thomas teria feito com a jovem prostituta Birgitta Karolina (Doris Svedlund), cujo cafetão seria seu próprio namorado.





A obra, sexto filme do diretor e primeiro cujo roteiro foi de sua inteira autoria, é complexa e filosófica, como tudo de Bergman. A narrativa que se desenvolve em cima dos personagens Thomas, Sofi, Birgitta, Peter e Linnea (respectivamente, namorado e irmã de Birgitta) dão vazão ao argumento do velho professor - o mundo, como é, o verdadeiro inferno, dominado pela maldade, egoísmo, exploração, e por aí vai. É uma obra pesada, densa, daquelas que nos fazem ficar horas, dias, fazendo correlações, releituras e interpretações. Além disso, é um filme metalinguístico e é interessante como o argumento proposto casa, com perfeição, com os acontecimentos extra-filmagens de Martin e demais personagens. Ainda é obra com dois níveis de compreensão - o racional e o emocional (ou, como gosto de chamar, sensorial). Não existe crítica negativa possível à obra - ela é toda perfeita. Fã de carteirinha do diretor , não poderia deixar de recomendar com loas e louvor!!!!!

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