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  • hikafigueiredo

"Trama Diabólica", de William Castle, 1961

Filme do dia (248/2021) - "Trama Diabólica", de William Castle, 1961 - Uma misteriosa jovem contrata um funcionário de um hotel para forjar um casamento. Na noite marcada para acontecer o evento, ela assassina friamente o juiz de paz e foge, retornando para sua casa, onde uma velha senhora a aguarda.





Eis um filme bastante curioso. Apesar de contar com um roteiro intrincado - para não dizer completamente inverossímil - ele tem um plot twist que realmente me surpreendeu, ainda que ele nem seja assim tão original. A história gira em torno de uma enigmática moça que, aparentemente sem nenhum motivo, assassina um juiz de paz. Ela retorna para sua casa e descobrimos que ela é tutora de uma senhora que, por conta de um derrame, não fala nem anda. A relação entre as duas mulheres é misteriosa, mas o terror que a jovem incute na idosa revela que a última sabe de algo que o público não alcança. Ao longo da narrativa, vários acontecimentos intrigam o espectador, mas a trama real só se revelará na última cena. No entanto, o que realmente me surpreendeu foi uma cena nos pós-créditos (e que eu não posso revelar para não acabar com a graça da história). A narrativa é linear e o ritmo moderado. Tratando-se de um filme do gênero suspense, a atmosfera é de crescente tensão - até mesmo porque o espectador não consegue ligar muito bem os pontos e entender o que está acontecendo até bem o finzinho da obra. A fotografia P&B muito contrastada ajuda na formação do clima de tensão, bem como a música incidental e alguns sons colocados em destaque - como o som do objeto que Helga, a mulher idosa, bate nervosamente na sua cadeira de rodas. O elenco é formado por intérpretes pouco ou nada conhecidos: Patricia Breslin interpreta Miriam Webster, Glen Corbett interpreta Karl Anderson e Eugenie Leontovich, bastante expressiva, dá vida à apavorada Helga. Mas foi o trabalho de Joan Marshall - no filme creditada como Jean Arless - que realmente me pegou no contrapé . Interpretando a esquisitíssima Emily, Joan mostra-se versátil e muito melhor atriz do que eu imaginava, considerando o início da obra. Nem vou dizer que é uma grande obra - na realidade, é um filme "B" por excelência -, mas o fato de ter me surpreendido fez com que ganhasse toda a minha simpatia, mesmo com um roteiro bem "furado". Eu gostei, dá para assistir ao filme bem de boas.

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