Filme do dia (188/2021) - "Águas Escuras", de Mariano Baino, 1993 - Após a morte de seu pai, a jovem Elizabeth (Louise Salter) se dirige a um misterioso monastério em uma ilha distante para descobrir por quê ele enviava dinheiro para o local, sem imaginar o risco que correria naquele lugar.
Neste bom filme de terror sobrenatural, temos o velho embate do bem contra o mal e o espectador demora para descobrir de qual lado cada personagem está. Misturando terror com suspense, o público acompanha a busca da personagem Elizabeth por respostas, as quais só são totalmente reveladas nos últimos momentos da narrativa. A narrativa é linear, mas entremeada com memórias longínquas da personagem Elizabeth, e começa com um ritmo moderado, mas torna-se gradualmente mais ágil. A atmosfera é sombria com uma pegada lovecraftiana. Temos uma direção de arte que auxilia a compor o clima através dos ambientes escuros e labirínticos do monastério. A fotografia é bem contrastada em tons predominantemente quentes e bem tradicional no que se refere a posições de câmera e planos. No elenco, Louise Salter como a protagonista Elizabeth, Venera Simmons como Sarah, Mariya Kapnist como a assustadora Madre Superiora e Alvina Skarga como a velha cega - todas em interpretações razoáveis, mas nada muito digno de nota. Eu diria que a obra é um terror bem razoável, melhor que muitos filmes mais conhecidos, que se sustenta através de um terror psicológico bem construído e sem apelar para os notórios jumpscares. Não chega a ser profundamente assustador, mas mantém uma tensão constante. Para quem gosta de terror sobrenatural, é uma boa opção.
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