Filme do dia (150/2016) - "A Condessa de Hong Kong", de Charles Chaplin, 1967 - Ogden Mears (Marlon Brando) é um diplomata americano em passagem por Hong Kong. Lá ele conhece Natascha (Sophia Loren), uma refugiada russa, ex-amante de um gangster. Ogden pega um navio em direção a Washington. Qual não é sua surpresa quando descobre que Natascha está escondida, como clandestina, em sua cabine.
Nessa comédia romântica temos dois ícones em frente às câmeras, dirigidos por outro ainda maior. No entanto, apesar do talento incontroverso de Chaplin e dos dois atores, o filme carece de alma. Apesar de ter gostado de "Casamento ou Luxo", a única outra obra do diretor em que ele não é protagonista, este "A Condessa de Hong Kong" não funciona da mesma maneira. Várias situações e "gags" do filme teriam funcionado bem com Chaplin como intérprete, mas, com os atores envolvidos, simplesmente não convencem. Evidentemente, a obra não é péssima - Chaplin não tinha qualquer "talento para fazer coisas ruins" - apenas não está à altura dos demais filmes do genial diretor. A história em si até é boa, o problema são as "gags" que não têm "pegada". As atuações de Brando e Loren, mais à vontade nas cenas de romance, deixaram um pouco a desejar nas sequências cômicas - Loren ainda tinha jeito para a comédia, mas, Brando, era talhado para o drama, não convencia muito como ator cômico. Destaque para a trilha musical, composta também por Chaplin, e bastante boa. Recomendo apenas para quem quer ver a obra completa de Charles Chaplin.
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