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hikafigueiredo

“A Entidade”, de Scott Derrickson, 2012

Filme do dia (43/2023) – “A Entidade”, de Scott Derrickson, 2012 – Ellison Oswalt (Ethan Hawke) é um jornalista investigativo que escreve livros sobre casos policiais reais. Ele se muda com sua esposa Tracy (Juliet Rylance) e seus filhos Trevor (Michael Hall D’Addario) e Ashley (Clare Foley) para a residência das vítimas de um novo caso policial acerca do qual pretende escrever. Logo na primeira noite, Ellison encontra uma caixa com diversos rolos de filmes caseiros nos quais estão registrados assassinatos reais. Instigado, ele parte para sua nova investigação sem perceber o perigo que se aproxima.





Filme de terror que mescla bem o “jumpscare” com o terror psicológico, a história discorre sobre uma família que se muda para uma casa onde uma família foi assassinada há alguns anos. A figura central é Ellison, o escritor de casos policiais verdadeiros, que omite da família a informação sobre o imóvel para onde se mudaram. Após encontrar uma caixa de filmes caseiros onde estão registradas diversas mortes horrendas, Ellison passa a pesquisar a ligação entre estes assassinatos e, pouco a pouco, vai ficando obcecado pelas histórias. A narrativa é linear, em ritmo moderado, acelerando próximo ao final. O diretor consegue desenvolver uma atmosfera de tensão crescente, principalmente quando os acontecimentos começam a ganhar cores sobrenaturais. O filme tem o mérito de não exagerar nos “jumpscare”, os quais aparecem em momentos pontuais e bem dosados. Tudo se encaminhava perfeitamente atéééééé... os últimos vinte minutos da obra. A partir deste ponto, o filme torna-se tão, mas TÃO, previsível, que eu fui cantando a bola de tudo o que aconteceria até o desfecho – e todo o ótimo trabalho do diretor até então cai por terra e perde todo o brilho. Okay, talvez a muita quilometragem em filmes de terror tenha contribuído com essa minha percepção, mas tenha certeza de que muita gente vai ter essa mesma opinião. Formalmente, o filme é muito bem feito, com um cuidado especial com a fotografia e o desenho de produção na construção do “climão” – gostei especialmente da sensação de claustrofobia causada pelas muitas noites do protagonista trancado em casa, fazendo sua pesquisa. No elenco, destaque óbvio para Ethan Hawke, não apenas por ser o protagonista, mas por conseguir transmitir a obsessão do escritor e, posteriormente, sua angústia e pânico ao perceber no que havia “mexido”. O restante do elenco cumpre bem seu papel, sem grandes interpretações, mas também sem ninguém fazer feio. Não vou dizer que é um mau filme porque, em comparação com outros tantos do gênero, ele até está acima da média, mas também está longe de ser um grande filme, criativo e ousado. Digamos que é uma obra mediana, motivo pelo qual não vou nem recomendar que vejam, nem que fujam sem olhar para trás.

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