Filme do dia (128/2020) - "A Gripe", de Kim Sung-su, 2013 - Imigrantes ilegais do Vietnã saem em um contêiner de Hong-Kong para a Coréia do Sul. Quando chegam ao seu destino, apenas um encontra-se vivo. Ele foge, sem saber que carrega consigo uma terrível doença.
Seguindo a linha "pandemias", eu me deparei com esse filme na Netflix (traduzido erroneamente como "Vírus", nome de um outro filme, este norte-americano, de 2009). A obra começa bem, bastante realista, mas, da metade para o fim, descamba para um situação apocalíptica que, como estamos vendo, não condiz muito com o que acontece na realidade. Aqui, não bastasse a doença, temos a reação do governo sul-coreano, país onde o filme se passa, completamente descabida e surrealista (então... ainda que "governos" ajam, no mundo real, de forma muitas vezes irresponsável e assassina, não chegam a abrir fogo contra a sua própria população... bom... pelo menos não ainda...). O roteiro tem lá seus furos, é extremamente exagerado, mas consegue envolver bastante o espectador, que sofre junto com os personagens. O ritmo é crescente e chega às raias da histeria, deixando o público sem fôlego. Quanto à parte técnica, temos alguns bons efeitos especiais aliados a outros um pouco meia-boca (tem algumas cenas que são, perceptivelmente, feitas por computador). No elenco, Jang Hyuk como o simpático bombeiro Ji-hu, Soo Ae como a médica In-hae e a fofíssima Park Min-ha como a pequena Mi-he, todos bem (mas meu coração bate mesmo pela lindinha Park Min-ha). Destaque para a cena onde Mi-he cobre sua mãe para impedir que ela seja alvejada... por mais melodramática que a cena seja, ela me arrancou lágrimas). Okay, ainda que não encontre respaldo na realidade, o filme é uma boa obra do gênero "cinema-catástrofe". Eu me diverti e recomendo, mas aviso para não criarem expectativas em excesso.
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