Filme do dia (242/2017) - "A Luz Entre os Oceanos", de Derek Cianfrance, 2016 - Austrália, 1918. Após lutar por anos na 1a Guerra, Tom (Michael Fassbender) sente-se desiludido com a vida, buscando refúgio em uma ilha deserta onde ele passa a trabalhar como faroleiro. Ao conhecer a jovem Isabel (Alicia Vikander), Tom se apaixona e encontra um novo sentido para sua existência. Mas o destino trará diversos sofrimentos ao casal.

Se me perguntassem qual a palavra que resume esta obra, eu diria "melancolia". O filme já inicia com um tom melancólico, antes mesmo de acontecer qualquer incidente dramático. O leve pesar, no entanto, transforma-se, aos poucos, numa tristeza sólida, quase palpável. A história é realmente muito triste, principalmente porque os acontecimentos não poupam ninguém, nenhum dos personagens sai incólume. Por outro lado, apesar da tristeza infinita, é um filme repleto de amor e perdão, tudo mostrado com muita delicadeza. A obra tem um visual bonito, mostrando, com frequência, uma natureza exuberante e quase intacta. O ritmo é lento, suave, muito adequado com a sensibilidade da história. As atuações dos três intérpretes principais - além de Fassbender e Vikander, o filme conta, ainda, com Rachel Weisz - são excelentes, mas, sem dúvida, Alícia Vikander se sobressai dentre o trio, com uma interpretação visceral e pungente (ela é ótima, ótima atriz!!!). Eu fiquei bastante tocada com a narrativa e gostei demais da história. Recomendo com carinho.
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