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“A Morte do Demônio: A Ascensão”, de Lee Cronin, 2023

  • hikafigueiredo
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura

Filme do dia (136/2025) – “A Morte do Demônio: A Ascensão”, de Lee Cronin, 2023 – A técnica de som Beth (Lily Sullivan) descobre que está grávida. Angustiada, resolve visitar sua irmã Ellie (Alyssa Sutherland), uma tatuadora que mora com os três filhos – Danny (Morgan Davies), Bridget (Gabrielle Echols) e Cassie (Nell Fisher) – em um edifício condenado em Los Angeles. Após um terremoto, uma fenda se abre na garagem e Danny descobre um estranho livro e alguns vinis. Ele leva os objetos para seu apartamento sem saber que está na posse do Necronomicon, o Livro dos Mortos, que, quando recitado em voz alta, tem o poder de convocar terríveis demônios.


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Quinto filme de franquia “Evil Dead”, a obra mantém alguns dos elementos que fizeram o sucesso da primeira trilogia nas mãos do “divo” Sam Raimi. Aqui, temos, novamente, jovens que são possuídos por demônios e que passam a aterrorizar amigos e familiares, tudo envolto em muito sangue, após ousarem recitar trechos do Necronomicon, o Livro dos Mortos. Apesar da sinopse semelhante e do mesmo apego ao gore, há uma diferença essencial em relação à trilogia original: enquanto Sam Raimi adicionava certo humor, trazendo cenas que beiravam o “terrir” e que aproximavam os filmes do subgênero trash, dando a sensação de que o próprio diretor não levava assim tão a sério aquelas obras, aqui o diretor excluiu completamente qualquer comicidade e fechou-se totalmente no gênero terror. Não discuto que a qualidade técnica aqui é muitíssimo superior – não apenas pelos efeitos especiais e maquiagem muito melhores que os da trilogia original – propositalmente fakes -, mas também pelos desenhos de som e de produção e fotografia bem mais caprichados. No entanto, o que a obra tem de qualidade técnica e atmosfera pesada e perversa, falta-lhe o charme irresistível dos filmes encabeçados por Sam Raimi e que os diferenciavam de tantos outros do gênero. Sim, eu sou fã ardorosa dos primeiros filmes, adoro aquela brincadeira entre o terror e a comédia, amo a presença canastríssima de Bruce Campbell, que interpreta o personagem Ash nas três histórias, acho as soluções encontradas pelo diretor simplesmente icônicas – como a questão de Ash com a motoserra -, e, por melhor que seja este novo filme, sinto que falta “o molho” nele. Não vou dizer que a obra não é boa – é um filme de terror gore bem bom sim! -, mas é “mais do mesmo”, falta o charme diferencial. E falta Bruce Campbell, cuja participação aqui se limita à sua voz em uma gravação – Evil Dead sem ele não é Evil Dead!!!!!! Rs Falando no elenco, achei que Lily Sullivan e Alyssa Sutherland fizeram um bom trabalho como suas personagens, assim como Morgan Davies, Gabrielle Echols e a atriz mirim Nell Fisher (na época com 12 anos). Vale destacar as homenagens ao filme “O Iluminado” (1980) na cena do elevador com sangue, e à trilogia original, novamente citando a motoserra (sempre ela!). Enfim... eu gostei do filme, mas eu o achei inferior àqueles dirigidos por Raimi, mas, talvez, seja só apego meu mesmo. Acho que vale a visita para quem gosta do gênero. Atualmente em streaming pela HBO Max.

 
 
 

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