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hikafigueiredo

"A Noite dos Arrepios", de Fred Dekker, 1986

Filme do dia (166/2018) - "A Noite dos Arrepios", de Fred Dekker, 1986 - Interior dos EUA, 1986. Vinte e sete anos após uma tragédia envolvendo estudantes universitários, dois amigos recém-ingressados na faculdade - Chris (Jason Lively) e JC (Steve Marshall) - estão às voltas com o interesse de Chris por Cynthia (Jill Whitlow). Um desafio, no entanto, leva os dois amigos a liberarem um parasita espacial que transforma as pessoas em zumbis.





Sabe aqueles típicos filmes para adolescentes que faziam muito sucesso nos anos 80? Então, imagine uma versão daquelas obras nos gêneros terror/ficção científica e você chegará a este filme aqui. Evidentemente criada para o público juvenil, o filme trata das clássicas questões dos jovens norte-americanos de classe abastada - a entrada na faculdade, a procura por uma "fraternidade", as festas e, claro, o interesse por algum(a) "crush" - mas tudo temperado com parasitas alienígenas que dominam os corpos dos jovens da região (!!!! é sério!!!!! rs). Pode parecer muito "trash" - e é mesmo - mas não deixa de ser extremamente divertido. O filme é uma clara homenagem aos filmes B da década de 50 e aproveita todos - eu disse TOOOOODOS - os clichês dos gêneros terror e ficção científica, com um resultado surpreendentemente bom - há, inclusive, alusão explícita a "Plan 9 from Outer Space", o clássico do terror B de Ed Wood. Não, o filme não assusta, não gera tensão e não angustia. Apesar do tema, sua pegada é mesmo dos filminhos adolescentes e apesar das mortes e das cabeças explodindo pelas criaturas extraterrestres, a atmosfera é leve e divertida. A obra sequer se leva a sério e possui várias cenas cômicas/irônicas que, obviamente, existem para quebrar eventual clima de tensão. Como era de se esperar, o filme se esbalda nos "efeitos especiais" propositalmente ruins, de deixar qualquer "Muppet" com inveja, e na maquiagem carregada - e, juro, faz parte do charme da obra. As interpretações também seguem o "Manual do Filme Adolescente" - cada ator assume seu estereótipo (os "loosers" legais, a menina bonita e popular, o rapaz musculoso burro, o playboy babaca, o policial durão) e segue reto como rinoceronte furioso, com atuações não tão ruins para estragar o filme, mas longe de merecerem menção pela qualidade. De tudo, a única coisa que me incomodou foi aquele maldito sintetizador que entrava em todas as trilhas sonoras daquela década e transformavam todas as trilhas em verdadeiros equívocos, IRC! O filme é trasheira, mas é muito, muito, divertido. Recomendo para quem curte o cinema oitentista.

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