Filme do dia (249/2020) - "A Profecia", de Richard Donner, 1976 - Roma, 6 de junho. A esposa do embaixador americano na Itália acaba de dar à luz. A criança, no entanto, não resiste e morre logo após o nascimento. O embaixador, desconsolado, aceita a proposta de um padre que lhe sugere criar como sua uma criança cuja mãe acabara de falecer. O que ele não sabe é que o menino não é uma criança qualquer, mas, sim, o anticristo.
Revisando os filmes da coleção, apresento para minha filha essa ótima obra do gênero terror. O filme é exatamente do tipo que eu gosto, um terror psicológico que, lentamente, vai criando uma atmosfera de suspense relacionada a assuntos sobrenaturais (obras sobre assassinos em série, na minha opinião, não contam como terror), e sem "jumpscare" ou cenas "gore" (hmmm... ta´... tem uma cena que eu identifico como "gore", mas é a única). A narrativa costura bem os elementos religiosos com o desenrolar da trama, segue tempo lineare tem um ritmo crescente (as primeiras manifestações "sobrenaturais" demoram um pouco para acontecer, mas do meio para o fim o ritmo é bem acelerado). O filme exige poucos efeitos especiais, mas, os que existem são de ótima qualidade e não envelheceram com o tempo. O elenco é encabeçado por ninguém menos que Gregory Peck, o que, por si só, já inspira respeito e confiança. O ator está ótimo como o inicialmente incrédulo embaixador que, paulatinamente, começa a acreditar nas informações assustadores que lhe chegam. Lee Remick interpreta a esposa do embaixador, num papel que lhe exige pouco. David Warner interpreta o fotógrafo Jennings, convincente, mas sem alarde. Quem está ótimo é o pequeno Harvey Spencer Stephens como o garotinho Damien - tão pequeninho e com tanta cara de anticristinho, pelamor... O filme é um bom terror, destes bem clássicos e obrigatórios para os fãs do gênero. Talvez para o público atual - viciado em "gorices" e sustos a cada dois minutos -, o filme pareça muito parado e comportado, mas quem curte terror psicológico certamente vai gostar. Recomendo.
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