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hikafigueiredo

"A Rosa", de Mark Rydell, 1979

Filme do dia (166/2020) - "A Rosa", de Mark Rydell, 1979 - Rose (Bette Midler) é uma estrela da música em turnê que, exausta, quer tirar um ano de férias, mas encontra a resistência de seu agente Rudge (Alan Bates). Completamente delirante, imersa em drogas e álcool, Rose busca consolo nos braços de Huston (Frederic Forrest), mas mesmo seu amante tem dificuldades em lidar com o descontrole emocional de Rose.





Reza a lenda que o filme é inspirado na vida de Janis Joplin, mas não encontrei nenhuma fonte que me definisse em que pontos as duas histórias coincidem (além da óbvia questão das drogas e álcool). De qualquer forma, o filme discorre sobre a evidente derrocada da personagem Rose que, entre uma garrafa de whisky e uma dose de qualquer droga, destroça sua vida pessoal, destrói todos os seus relacionamentos e desmorona na frente de sua equipe e de seus fãs. Cá entre nós, o comportamento alterado de Rose me lembrou muito o tipo de conduta de um bipolar em surto tem, então, tenho para mim, que a personagem sofria desta condição psiquiátrica, bastante piorada pelo uso de substâncias diversas (e antes que alguém me diga que eu estou sendo preconceituosa, eu sou bipolar e entendo bastante do assunto). O roteiro é quadradésimo, na minha opinião, quadrado demais para o assunto, que bem merecia maior ousadia na linguagem cinematográfica usada. Diria que o filme tem duas bases de sustentação - a ótima trilha sonora (era o mínimo, né não?) e a impressionante interpretação de Bete Midler, destruidora em todos os sentidos, inclusive por cantar magnificamente as músicas da trilha. Midler consegue ser perfeita em cada cena da montanha russa emocional de Rose e pela sua interpretação foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, perdendo para Sally Field pelo filme "Norma Rae". Igualmente ótimo esteve o ator Frederic Forrest como Huston, resiliente ao máximo para ficar ao lado da perturbada Rose. Eu assumo que eu esperava mais do filme em si - o achei muito convencional e, até certo ponto, bastante moralista (como se Rose merecesse sua ruína por conta de sua vida desregrada) -, mas não diria que é um filme ruim. Definitivamente vale a pena pelo trabalho de Bete Midler, e, por isso, eu o recomendo, mas sem tanta emoção assim.

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