Filme do dia (158/2020) - "Alucarda: A Filha das Trevas", de Juan López Moctezuma, 1977 - Após a morte de seus pais, a jovem Justine (Susana Kamini) é levada a um convento, onde faz amizade com a interna Alucarda (Tina Romero). A amizade entre as duas moças seguirá caminhos imprevisíveis.
Jamais havia visto um filme de terror mexicano e até que fiquei bem impressionada com este aqui. Como as demais obras do box, esta aqui também finca sua narrativa no terreno sobrenatural, mais especificamente na possessão demoníaca. Não fica muito claro o motivo das duas personagens principais - Alucarda e Justine - terem sido envolvidas em um ritual satanista, mas, de qualquer forma, o decorrer da história mergulha fundo num ambiente sombrio e em ocorrências sinistras até explodir em um festival de sangue e fogo bastante macabro (mas que, para mim, é bem menos assustador que os momentos que o antecedem). Acredito que a personagem Alucarda tenha sido, em parte, inspirada na personagem Carrie, de "Carrie, A Estranha" (1976), pois há fortes similaridades entre os finais dos dois filmes. Eu diria que a narrativa é um pouco irregular, mas é inegável que tem ótimas passagens. Achei a ambientação perfeita - o convento onde as meninas viviam era pontualmente assustador - assim como o hábito daquelas freiras, igualmente sinistro. Temos, aqui, efeitos especiais ainda mais irregulares que a narrativa - alguns muito bons, outros sofríveis. Acho que o destaque do filme é a interpretação de Tina Romero, porque a moça tem uma cara de insana que convence qualquer um de que ela está possuída. Por outro lado, achei Susana Kamini, intérprete de Justine, bem fraca. Na minha opinião, o filme está acima da média das produções do gênero terror - claro, lembrando que tem muito filme muito ruim no gênero - e, certamente, vai agradar quem curte filmes de terror.
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