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“Anaconda”, de Tom Gormican, 2025

  • hikafigueiredo
  • há 13 minutos
  • 2 min de leitura

Filme do dia (144/2025) – “Anaconda”, de Tom Gormican, 2025 – Doug (Jack Black), Griff (Paul Rudd), Claire (Thandiwe Newton) e Kenny (Steve Zahn) são melhores amigos de infância que se reencontram no aniversário de Doug. Apaixonados por cinema – em especial o do gênero terror – são convencidos por Griff a fazerem uma releitura do clássico “Anaconda”. Para tanto, viajam para a Floresta Amazônica, onde contratam os serviços de Santiago (Selton Mello), um treinador de cobras local.


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Kkkkkkkkk.  Siiiiim, eu fui assistir o novo “Anaconda”, isso sem jamais ter visto qualquer filme da franquia. Ocorre que aqui, ao contrário do restante da franquia, a ideia é fazer uma paródia dos filmes homônimos, enchendo de humor a narrativa acerca da assustadora cobra gigante. É claro que é um filme que se “autosacaneia”, ao invés de se levar a sério. O resultado é um filme que flerta profundamente com o gênero trash, e que brinca com os clichês dos filmes de terror. Mas, o que eu mais gostei na obra é que a tão falada anaconda nem é o tema principal do filme, o qual discorre, na realidade, sobre a realização de sonhos, sobre amizade e... sobre o amor ao cinema. É um filme intrinsicamente metalinguístico, onde o foco se concentra na tal ideia de realizar uma releitura do clássico “Anaconda”. Os quatro amigos não têm verba, não têm experiência e, tampouco, estrutura material para fazer o filme, mas lançam-se, destemidamente, à realização do sonho de infância. É evidente que o filme é uma gigantesca bobagem – mas é uma bobagem que não tem nenhuma pretensão de ser mais do que isso – um divertidíssimo filme pipoca que arranca gargalhadas do público. E arranca, viu? O encontro dos timings cômicos de Jack Black, Paul Rudd, Steve Zahn e Selton Mello não poderia dar mais certo e não foram poucas as cenas em que eu me debulhei de rir. Admito que o que me deu o “start” para ir foi a presença de Selton Mello em seu primeiro trabalho hollywoodiano, mas o resto do elenco certamente fez toda a diferença para eu sair da minha casa e encarar um cinema num dia em que a temperatura bateu a casa dos 36 graus na cidade de São Paulo. O roteiro beira a bizarrice e tem sequências que, de boas, nem fazem qualquer sentido, mas é fato que o espectador nem se incomoda com a verossimilhança quando se trata de uma cobra de dezenas e dezenas de metros – se é para ser absurdo, vamos ser absurdos no talo, com propriedade! A qualidade técnica é a hollywoodiana média – temos boas sequências de ação, efeitos especiais bem bonzinhos, desenho de produção e edição “okays”. A trilha sonora merece destaque com músicas que vão de AC/DC e Mötley Crüe a – pasmem! – Erasmo Carlos – haja versatilidade, Batman! Resumindo, o filme é o puro suco da diversão e, quando visto sob a ótica certa, vale cada minuto de “bobagera”. Só queria mais tempo de Selton Mello em cena, ele nunca decepciona. Atualmente em cartaz nos cinemas.

 
 
 

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