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“Anjos Rebeldes”, de Gregory Hiden, 1995

hikafigueiredo

Filme do dia (119/2023) – “Anjos Rebeldes”, de Gregory Hiden, 1995 – Após uma crise de fé, o seminarista Thomas (Elias Koteas) desiste do sacerdócio e se torna policial. Anos depois, ele vai se deparar como uma situação que lhe exigirá toda a fé perdida na sua religião.





Com um argumento interessante – alguns anjos, enciumados da relação de Deus com os homens, travam uma batalha para impedir a ascensão das almas humanas aos céus, sendo contidos pelos anjos fiéis ao Criador. Em busca de conhecimento sobre a guerra, no intuito de vencer a disputa celestial, desce à Terra o anjo Gabriel, que intenta capturar a alma de um sanguinário coronel recém falecido -, o filme promete muito mais do que entrega. Ocorre que o desenvolvimento do roteiro é truncado, demora a revelar as intenções dos anjos e a separar quem é quem na batalha, apresenta um “herói” fraquíssimo – o policial Thomas jamais teria como fazer frente às criaturas celestiais – e se vale de elementos esdrúxulos e sem qualquer sentido, como a “necessidade” do anjo Gabriel em ter um auxiliar humano – oras, com o poder dele, para quê ele precisaria da ajuda de um humano? Fato é que o filme não me convenceu e eu não consegui entender como ele virou uma franquia sendo uma obra tão frágil. A narrativa é linear, em ritmo intenso. A atmosfera deveria ser de tensão, talvez angústia, mas, na verdade, passou em branco – o filme simplesmente não me despertou qualquer sensação... de nada!!! Acredito que tenha sido o principal motivo pelo qual não tenha gostado dele, inclusive. Tecnicamente, é uma obra bem-feita – tem uma fotografia caprichada, um desenho de produção adequado e alguns poucos efeitos especiais que não envelheceram – a cena dos anjos empalados foi um dos poucos trechos impactantes. Pergunta que não quer calar: como um filme tão troncho juntou um elenco tão bacana (que foi, inclusive, o que me levou a assisti-lo). No papel de Thomas, Elias Koteas, um ator razoável, que não fez feio, mas que não foi o chamariz para o filme. Como anjo Gabriel, o queridinho Christopher Walken: eu sou fanzaça do ator e adoro suas escolhas por personagens estranhos, controversos e provocativos – quer coisa mais afrontosa que o mais célebre dos anjos ser retratado como uma criatura sanguinária, ciumenta e vingativa? Eu adorei isso! Eric Stoltz, outro ator que adoro, interpreta Simon, também personagem controverso (ainda que ele surja como anjo fiel ao Criador, ele está se lascando para os humanos rs); Viggo Mortensen, ótimo como sempre, interpreta Lúcifer e, vamos combinar, é a parte mais criativa do filme, pois cheia de humor ácido; Virginia Madsen interpreta Katherine, Moriah Shining Dove Snyder interpreta a menina Mary e tem até uma ponta da incrível Amanda Plummer como Rachael. Ah, o filme tinha possibilidade de ser um filme bem legal, mas a verdade é que uma obrinha bem meia boca. Não curti e não vou ver mais nenhum da franquia (e, claro, não recomendo).

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