Filme do dia (205/2021) - "Aracnofobia", de Frank Marsall, 1990 - O Dr. James Atherton (Julian Sands) viaja para as florestas da Venezuela para estudar novas espécies de aranhas. No local, ele se depara com uma nova espécie, desconhecida e potencialmente letal, que acaba por vitimar e matar um membro de sua equipe. O corpo da vítima é, então, enviado de volta à sua pequena cidade natal no interior dos EUA. No entanto, uma passageira indesejada estará acompanhando o cadáver...
Sucesso nas sessões da tarde da televisão, este é um filme que, talvez, até se pretendesse de terror, mas que, na realidade, tem muito mais afinidade com o gênero aventura. Na história, após infiltrar-se no caixão do falecido membro da equipe do Dr. Atherton, a perigosa aranha acaba em uma pequenina cidade do interior da costa oeste dos EUA, para onde um médico com fobia de aranhas acaba de se mudar com a família. Sem qualquer predador natural, a aranha rapidamente se reproduz e começa a fazer vítimas pela cidade, causando estranhamento no recém-chegado médico. A obra trabalha muito bem o suspense decorrente de quem será a próxima vítima: várias são as situações em que o espectador espera pelo pior e, por um caso fortuito, a pretensa futura vítima se safa sem sequer saber que esteve em perigo - e isso vale para crianças, adultos e animais domésticos. A narrativa segue tempo linear, em um ritmo que alterna entre o moderado e o ágil, o que ajuda na criação do suspense. A atmosfera, lógico, é de apreensão, do tipo que mantém nossa respiração suspensa por alguns segundos antes do suspiro aliviado - ou não. A fotografia, tanto no que se refere à iluminação, quanto na escolha de planos e movimentos de câmera, tem clara função dramática - são luzes e sombras que revelam ou ocultam os animaizinhos peçonhentos mortais, planos de detalhes das aranhas ou de partes dos corpos das possíveis próximas vítimas e movimentos de aproximação que auxiliam na composição do suspense. Lóóóóógico que não faltam exageros: desde espécimes que não morrem nem com litros de veneno ou fogo, excesso de aranhinhas que surgem sabe-se lá Deus de onde, até o guincho (?????) que uma aranha em especial solta ao ser vitimada (guincho, cara, guincho???? Mas aí é abusar da amizade, vai... rs). Os destaques ficam para as cenas iniciais, belíssimas, do sobrevoo pela floresta amazônica; e a cena do embate final entre o pobre doutor fóbico e a matriarca das demais aranhas (que tem suspense, mas que também conta com certa dose de humor, bem ao estilo dos filmes adolescentes dos anos 80/90). A última cena - a do vinho Margaux - também tem uma pegada cômica bem engraçada. No elenco, além do deus grego Julian Sands, ótimo como Dr. Atherton (nem sei se o ator era tudo isso que eu acho porque todas as vezes que ele aparece eu fico hipnotizada por ele... rs), Jeff Daniels como o médico Ross Jennings (outro ator amorzinho porquem sempre nutri simpatia), Harley Jane Kozak como Molly Jennings e John Goodman como o dedetizador Delbert (mais um alívio cômico). Ah, o filme é uma bobageira, mas super divertido e eu o adoro!!! E tem o Julian Sands... kkkkkkkkk
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