Filme do dia (107)/2016 - "Attila Marcel", de Sylvain Chomet, 2013 - Paul (Guillaume Gouix) tem trinta anos e desde os dois, quando presenciou a morte dos pais, não emite uma única palavra. Paul vive com suas tias e, por influência delas, tornou-se pianista. O encontro inusitado com Madame Proust (Anne Le Ny), uma vizinha excêntrica, fará com que ele se recorde de seu passado mais remoto.
O filme consegue ser adorável e extremamente triste ao mesmo tempo, isso porque nem todos os personagens tem um destino feliz ao final da história. A obra trata de recordações, descobertas, amadurecimento e amizade. A história tem toques cômicos, que beiram a bizarrice, quem me fizeram desenvolver muita simpatia pelo filme. É, ainda, um filme de certa beleza plástica - a direção de arte é muito acertada e algumas cenas são muito bonitas e delicadas, com destaque para a primeira vez que Paul entra no apartamento de Madame Proust e para as recordações de Paul, em especial a lembrança da "apresentação" de seus pais (belo, belo, apesar de ser... inusitado). Guillaume Gouix mostra sua versatilidade ao fazer o papel de Paul - tímido, silencioso, sério - e, ao mesmo tempo, de seu pai Attila Marcel - exuberante, falador e expansivo. Mas o destaque fica porconta de Anne Le Ny como Madame Proust, a senhora misteriosa, ofensivamente sincera e de enorme coração. Gostei bastante e recomendo.
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