Filme do dia (18/2022) - "Bem Me Quer, Mal Me Quer", de Laetitia Colombani, 2002 - Angélique (Audrey Tatou) é uma jovem artista plástica que desenvolve uma paixão desmedida pelo cardiologista Loïc (Samuel Le Bihan). Indo na contramão dos conselhos dos amigos, que veem em Loïc um homem aproveitador, cruel e egoísta, Angélique fará o que estiver ao seu alcance para ficar com o seu grande amor.

*Ufff* Difícil escrever sobre este filme sem desembocar numa sucessão de spoilers que acabaria com a surpresa da história, mas vou me esforçar. A obra discorre sobre uma malfadada pretensa relação amorosa, que desemboca num comportamento obsessivo por parte da personagem Angélique. Ela conta com o apoio de amigos que não conseguem compreender os motivos que fazem com que a jovem aceite o aparente desprezo com que Loïc trata a doce e ingênua artista. O que os amigos de Angélique não sabem e sequer desconfiam é que o comportamento de Loïc esconde muito mais que o mero desprezo... Sinto, mas isso é tudo o que eu posso revelar sobre a trama - agora, vocês que lutem (rs). A narrativa é não linear - ela parecerá linear até, mais ou menos, o meio da obra, mas, subitamente, teremos uma reversão do tempo que nos dará novas informações acerca dos fatos. O ritmo é de moderado a marcado. A atmosfera é, quase sempre, de indignação, ainda que diferentes objetos deste sentimento surgirão na história. Tecnicamente, é um filme de indiscutível qualidade, muito embora pouco inovador (a ousadia está num, digamos, plot twist, que modificará a perspectiva da narrativa e nos dará novos elementos de análise). O elenco traz Audrey Tatou - um ano depois de "explodir" como Amélie Poulin - como Angélique: a escolha dela para protagonista foi uma boa sacada, já que ela vinha impregnada da doçura da personagem mencionada, o que veio a calhar para o presente papel e, diga-se de passagem, ela está ótima; Samuel Le Bihan interpreta o cardiologista Loïc, num trabalho sólido; Isabelle Carré interpreta Rachel, Clément Sibony interpreta David e Sophie Guillemin, Héloise. O filme traz surpresas e o desfecho é bastante explicativo. Vale a visita.
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