Filme do dia (22/2019) - "Buscando...", de Aneesh Chaganty, 2018 - David (John Cho) é um homem que, após a morte da esposa, cria sozinho a filha Margot (Michelle La), de 16 anos. Certo dia, a jovem desaparece, desesperando o pai que, com a ajuda da detetive Rosemary Vick (Debra Messing), sai em busca de informações que levem à filha.
Sabe os filmes "found footage", aquelas obras que simulam um documentário e que fazem uso de uma "câmera na mão" para contar uma história, tipo "A Bruxa de Blair" e "REC" ? "Buscando..." segue uma lógica mais ou menos parecida aos filmes "found footage", mas, ao contrário de uma "câmera na mão", o que temos é uma tela de computador com câmera e inúmeras janelas. A história é contada através dos caminhos percorridos pelo personagem David através das janelas de e-mails, mecanismos de busca, redes sociais, mensagens trocadas, comunicações por vídeo e reportagens online, que vão se alternando na tela do computador do protagonista. O formato, ousado e inovador (se bem que já usado em um outro filme anterior, que eu não cheguei a ver, um terror chamado "Amizade Desfeita"), funciona bem, mas confesso que lá pela meia hora de duração do filme, começou a me cansar. Ocorre que a narrativa é tão bem amarrada e a tensão criada é tão grande, que lá pelo meio do filme eu já tinha esquecido o tal formato e estava completamente tomada pela história. Em suma: a obra é um suspense BÁR-BA-RO, um thriller perfeito, que arrebata o espectador e o impede de piscar para não perder nenhuma informação!!! Por sua vez, esqueça qualquer elemento técnico tradicional do cinema - aqui não cabe falar de fotografia, arte, trilha sonora; forçando um pouco, cabe falar da edição, mas é algo totalmente alheio ao que estamos acostumados. Definitivamente, o formato original é o diferencial no filme, mas realmente espero que pare por aí e não vire uma febre como o "found footage" - duvido que muitos mais filmes nessa linha causem qualquer impacto. Com relação às interpretações, John Cho está bastante bem no papel de pai em desespero; quanto ao trabalho de Debra Messing, por qualquer motivo, não me convenceu muito. Mais difícil,talvez, tenha sido fazer o papel de Margot, já que tudo que Michelle La tinha para construir uma personagem eram fragmentos de imagens aqui e ali, simulando transmissões por computador - pô, nada, né?! Olha, o filme é beeeeem bacana e eu curti à beça! Recomendo (veja, nem que seja por curiosidade!).
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