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hikafigueiredo

"Casamento ou Luxo", de Charles Chaplin, 1923

Filme do dia (124/2016) - "Casamento ou Luxo", de Charles Chaplin, 1923. - Marie St. Clair (Edna Purviance), uma moça do interior da França, planeja fugir para se casar com seu namorado Jean (Carl Miller). No entanto, a morte do pai de seu amado faz com que ela acabe indo sozinha para Paris. Um ano depois, Marie transformou-se em amante de um milionário parisiense, Pierre Revel (Adolphe Menjou). A vida de luxo de Marie será abalada ao reencontrar Jean.





Logo no início do filme, uma legenda informa que se trata de um drama e que Chaplin não atuará no filme, motivo pelo qual a obra foi um fracasso comercial. Muito injusto. O filme é ótimo! A obra possui uma evidente crítica à vida fútil e às relações superficiais da elite (a cena em que a massagista escuta o diálogo de Marie com uma amiga e, diante de tanta baboseira, faz expressão de tédio e saco cheio é espetacular!!!!). O desfecho, apesar de romântico, surpreendeu por não optar pela solução óbvia e ainda deu um tapa no machismo reinante (mais informação seria um spoiler, por isso, fico por aqui). O roteiro, do próprio Chaplin, é otimamente desenvolvido. A interpretação de Edna Purviance é digna de nota, pois, ainda que guarde resquícios daquela interpretação teatral e exagerada, típica do cinema mudo, tem sutilezas nas expressões e gestos bastante inusuais para a época. A atuação de Adolphe Menjou como o bon vivant frívolo e egoísta também é ótima (destaque para a cena em que Marie joga seu colar de pérolas pela janela e ele gargalha quando ela corre para a rua para buscá-lo). Carl Miller, ao contrário, tem, no filme, a expressividade de uma pedra. Eu curti bastante o filme e acho uma tristeza ser tão pouco conhecido. Recomendadíssimo!

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