Filme do dia (67/2016) - "Darfur - Deserto de Sangue", de Uwe Boll, 2009 - Um grupo de jornalistas de várias nacionalidades visita uma aldeia aleatória em Darfur, no Sudão. Quando estão retornando para sua base, pouco após deixar a aldeia, os jornalistas percebem a aproximação dos "janjaweed" (milícia árabe responsável por massacres na região) e enfrentam o dilema de voltar para casa em segurança ou retornar à aldeia para tentar evitar sua destruição.
O filme, chocante, tem o claro objetivo de denunciar o genocídio das populações não-árabes no Sudão. A obra tem o grande mérito de trazer informações sobre o assunto e jogar uma luz neste tema espinhoso que é tratado com descaso pelo planeta como um todo. A obra é bem conduzida e atinge bem seu intento em incomodar e colocar o dedo na ferida aberta. O espectador pode esperar muito sangue e crueldade e, certamente, terminará o filme angustiado e com um forte sentimento de impotência face à monstruosidade do ser humano. A construção do filme se dá, principalmente, por uma câmera nervosa, muito movimentada (muita câmera na mão), acompanhada de uma montagem ágil, à beira da histeria, e muita informação sonora (tiros, gritos, choros), o que causa incômodo no público, numa evidente negação. As atuações cumprem bem seu papel, com maior destaque para os atores desconhecidos que interpretam os moradores da aldeia. É um filme bom, mas haja estômago. Recomendo para quem gosta de drama de gente grande.
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