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“Dieta Mediterrânea”, de Joaquín Oristrell, 2009

  • hikafigueiredo
  • há 24 horas
  • 2 min de leitura

Filme do dia (123/2025) – “Dieta Mediterrânea”, de Joaquín Oristrell, 2009 – Sofia (Olivia Molina) é uma jovem apaixonada por gastronomia que namora Toni (Paco León), mas que também se sente atraída por Frank (Alfonso Bassave). Juntos, eles criarão uma lenda da alta gastronomia.


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Nesta simpática comédia espanhola, partimos da premissa que a gastronomia e a paixão andam de mãos dadas. Na história, Sofia é uma jovem impulsiva que briga com os pais para cozinhar no restaurante da família. Enquanto o namorado Toni lhe oferece amor incondicional, Frank, vizinho de ambos, a incentiva a crescer profissionalmente. Inicialmente dividida entre os dois homens, logo Sofia entende que, juntos, eles são complementares e, com muito jeito, acaba sugerindo uma relação a três. Ainda que sempre talentosa, a criatividade de Sofia está intimamente vinculada à sua relação apaixonada com Toni e Frank, cujo relacionamento a três funciona perfeitamente, apesar da maledicência alheia. O filme, delicioso, faz uma defesa ardorosa do relacionamento não convencional dos personagens, no estilo “o problema é nosso e ninguém tem nada a ver com isso” – no que eu, particularmente, concordo em gênero, número e grau. Despindo-se de qualquer moralidade falsa e autoritária, a obra retrata como as relações amorosas podem ser diversas e resistir ao tempo, defendendo que seu sucesso depende, exclusivamente, da vontade e dedicação dos envolvidos. A narrativa, embora linear, trata-se de um grande flashback da história de Sofia, narrada, em off, pela filha Lunes. O ritmo é marcado e constante. A atmosfera é gostosa, confortável e cálida – o afeto legítimo que une os personagens marca o filme e alcança o espectador, que torce pelo trisal. Completando todo o charme do filme, temos a temática da gastronomia, uma das minhas prediletas – adoro ver o manuseio dos alimentos e como eles se tornam aqueles lindos pratos montados! Aviso, para os mais pudicos, que a obra tem cenas mais “calientes” envolvendo os personagens – nada que chegue a corar uma pessoa adulta “normal”, mas é melhor evitar crianças e idosos mais tradicionais no mesmo ambiente. Eu gostei bastante do trabalho do trio de intérpretes – Olivia Molina, Paco León e Alfonso Bassave – os personagens realmente se complementam e a química entre eles é vulcânica. Vi um diálogo da obra com os filmes “Como Água para Chocolate” (1992) e “E Sua Mãe Também” (2001), praticamente uma fusão das obras antecessoras rs. O filme é uma graça, libertador e afetuoso – eu gostei demais e recomendo. Segundo o Justwatch, o filme está disponível em streaming pela Prime Video.

 
 
 

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