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  • hikafigueiredo

“Elementos”, de Peter Sohn, 2023

Filme do dia (66/2023) – “Elementos”, de Peter Sohn, 2023 – Na Cidade Elemento, criaturas feitas de água, terra, fogo e ar convivem com certa dificuldade, cada qual em seu “gueto”. A jovem Ember (Faísca) (Leah Lewis) vive com seus pais na parte da cidade destinada aos elementos de fogo, mas um incidente fará com que ela conheça Wade (Gota) (Mamoudou Athie) e comece uma diferente relação com ele.





Esta animação com ares de comédia romântica discorre sobre sonhos, expectativas e, principalmente, a convivência entre as diferenças. Ember e Wade são “fogo e água” e, supostamente, impossível de conviverem, mas os sentimentos que surgem entre eles são fortes o bastante para superarem qualquer diferença. De uma forma simpática, o filme traz a mensagem que é possível aceitar e conviver com as diferenças sem que se perca a própria identidade. Curiosamente, a questão da aceitação daquele que é diferente é um tema recorrente nos desenhos da Disney, basta lembrarmos de “Dumbo” (1941), “Mowgli, o Menino Lobo” (1967), “A Bela e a Fera” (1991), “Aladdin” (1992), só para citar alguns (mas tem mais). Evidente que a discussão não é super aprofundada, mantendo-se na superfície, mas serve para incitar este tipo de questionamento entre as crianças, pois esta é uma animação bastante voltada aos pequenos. Cabe acrescentar que, ao longo do filme, há outros exemplos de diferenças – a família de Ember é de imigrantes; Wade vem de uma família abastada, ao contrário de Ember, que tem origem em uma família humilde; e cabe espaço até para um casal homossexual (que aparece de forma extremamente discreta, quase imperceptível, em uma cena da mãe de Ember, uma “casamenteira”). A narrativa é linear, em ritmo intenso, flui bem e é agradável de assistir. A animação, quanto aos seus traços, me lembrou muito “Divertidamente” (2015), assim como o aspecto geral de suas cores (muito coloridas, mas não super saturadas, dando-se preferência a cores mais suaves) e o jeitão da edição. Achei interessante a “pegada” indiana da obra, que vai de alguns detalhes do desenho à trilha musical (possivelmente de olho no grande mercado cinematográfico indiano). O elenco não traz nomes famosos – além de Leah Lewis como Ember e Mamoudou Athie como Wade, temos Sheila Vosough como Cinder, Ronaldo Del Carmen como Bernie e Wendi McLendon-Covey como Gale. Olha, é uma animação bonitinha, com história fofa, muito voltada para crianças, mas naaaaaada de outro mundo. Para quem assistiu ao fantástico “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” (2023), esse sim, excepcional, provavelmente não vai ficar muito impactado. Em todo o caso, tem o selo Pixar-Disney que, ao menos, garante certa qualidade.

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