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  • hikafigueiredo

"Excalibur", de John Boorman, 1981

Filme do dia (60/2020) - "Excalibur", de John Boorman, 1981 - Durante a era medieval, o rei Uther Pendragon (Gabriel Byrne) recebe de Merlin (Nicol Williamson), o mago, a mítica espada Excalibur, com a missão de unificar os homens sob um único rei. No entanto, ao se apaixonar por Igrayne (katrine Boorman), a esposa de um aliado, o rei põe tudo a perder. Merlin, no entanto, tem planos para que a missão se cumpra na figura de um novo rei.






O filme traz, às telas, a versão cinematográfica para a mais famosa lenda inglesa - a lenda de Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, -, segundo os textos escritos por Sir Thomas Malory, em 1469. Talvez o mais famoso filme sobre o assunto, "Excalibur" envelheceu um pouco mal. Não que tenha se transformado em uma obra ruim - não, de jeito algum. Mas, aos olhos do público de hoje, acostumado a batalhas épicas advinda de filmes como "O Senhor dos Anéis" e similares, as cenas de batalha deste filme ficaram modestas para a magnitude da história. Outro problema que vejo no filme está na direção de atores: temos profissionais reconhecidos como Gabriel Byrne e Helen Mirren e outros que me são desconhecidos, como Nigel Terry e Nicholas Clay, mas, independente de qualquer coisa, todos estão aquém do que a obra mereceria. Em outras palavras, achei as interpretações fracas e sem a "paixão" que eu esperaria para essa história. Helen Mirren como Morgana está, na minha opinião, um pouco exagerada (poxa... começo de carreira, merece um desconto... a mulher hoje é um fenômeno), assim como Nicol Williamson como Merlin. Outros profissionais - como Nigel Terry como Arthur e, principalmente, Nicholas Clay como Lancelot e Cherie Lungi como Guenevere - são visivelmente ... medíocres, para não falar ruins mesmo. Quem se saiu melhor foi o ator Paul Geoffrey como Perceval, mas, mesmo assim, nada de outro mundo. Mais um problema - esse compreensível - é que, pela narrativa ser muito longa, foi preciso "enxugar" a história, motivo pelo qual há alguns "saltos" no desenvolvimento da trama. Nada que impeça a compreensão do texto, mas eu senti falta de uma construção melhor dos personagens, uma pena. Nossa... mas só temos "poréns" no filme? Certamente não. A lenda é linda e conhecida mundialmente. A construção geral da época está muito boa, as cenas de duelos são legais (duelos sim, batalhas, hmmm, não) e é emocionante ver essa história transposta para o cinema, motivo pelo qual acredito que o filme ainda tenha muitos fãs por aí. Eu gostei, apesar dos "poréns". Recomendo com ressalvas.

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