Filme do dia (23/2019) - "Nina", de Olga Chajdas, 2018 - Nina (Julia Kijowska) é uma mulher de 30 e poucos anos que sonha, junto com seu marido Wojtek (Andrzej Konopka), em ser mãe. Impossibilitada de engravidar, Nina busca uma mulher que aceite ser "barriga de aluguel". Após conhecer Magda (Eliza Rycembel), o casal acredita ter encontrado a candidata perfeita. Mas os planos podem sair do controle quando Nina descobre-se apaixonada por Magda.
Como diz uma amiga, cinema é fruição - um filme, às vezes, "rola" para uma pessoa e, outras, simplesmente não acontece. Apesar de gostar muito de obras com a temática LGBT, este foi um filme que não fruiu. Tive de lutar bravamente para assisti-lo até o fim, com a impressão de que sua duração era de uns três dias e não apenas duas horas. Não consegui me ligar aos personagens, a maneira como o casal se aproxima de Magda me pareceu totalmente inverossímil, achei o desenrolar da narrativa lento e truncado e a descoberta da bissexualidade de Nina não me convenceu. Junte a isso um punhado de clichês (lésbicas jogando futebol para mim foi o ápice!) e cenas de sexo que mais pareciam existir para o deleite fetichista de homens héteros (que não possuíam nem a urgência das cenas de "Azul é a Cor Mais Quente", nem a delicadeza das de "Carol") e você terá um filme, na minha opinião, completamente equivocado. Alguma coisa se salva???? Acho que talvez a cena da instalação artística que simula o interior de um útero, o que me pareceu realmente bastante aconchegante, e uma fotografia bem cuidadosa. Não gostei da trilha sonora, totalmente dissociada da imagem, e não curti as interpretações - empatia zero com qualquer dos personagens. É... um filme que não me ganhou...
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