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  • hikafigueiredo

"Fim de Verão", de Yasujiro Ozu, 1961

Filme do dia (52/2020) - "Fim de Verão", de Yasujiro Ozu, 1961 - A numerosa família Kohayagawa é guiada por seu patriarca Manbei (Ganjirô Nakamura). Idoso, ele está mais preocupado em se encontrar com uma antiga amante do que com a situação desfavorável de sua empresa de saquê - para o desespero de seus filhos.





Em seu penúltimo trabalho, Ozu volta seu olhar para a transitoriedade, finitude e inconstância da vida, nunca se afastando de seu tema recorrente, as relações familiares dentro da cultura japonesa. É uma obra que, se melancólica por um lado, por outro acena com certa "compensação" - a vida continua na figura das pessoas que nos querem bem, nossos familiares, nossos descendentes. Também há um olhar para a velhice e para aqueles que se foram. Uma mensagem que fica da obra é a importância de seguir a própria felicidade - atitude tomada por diversos personagens ao longo da narrativa. É uma obra bastante sóbria e bastante lenta - quem está acostumado ao ritmo hollywoodiano não vai absorver muito bem esse ritmo. No elenco, além de Ganjirô Nakamura (com quem Ozu já havia trabalhado em "Ervas Flutuantes"), outros nomes importantes do cinema oriental - Setsuko Hara como Akiko, Haruko Sugimura como a tia da família e Chieko Naniwa como Sasaki. Observação - pela primeira vez, vi em uma obra do diretor um personagem ocidental (um mero figurante), que passa pela tela por pouquíssimos segundos e é confundido com outro ocidental pela personagem Sasaki (sabe aquela história que todo oriental se parece? Então, a piada mudou de lado... rs). Destaque para a cena final e para a bela imagem do cortejo fúnebre, muito plástica. Muito bom, recomendo.

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