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"Hellboy", de Neil Marshall, 2019

  • hikafigueiredo
  • 18 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de ago. de 2019

Filme do dia (75/2019) - "Hellboy", de Neil Marshall, 2019 - Após centenas de anos sob controle, a bruxa imortal Nimue (Milla Jovovich), chamada de Rainha de Sangue, ressurge, prometendo destruir a humanidade e criar um novo mundo para as criaturas mágicas. Para contê-la, o caçador de monstros, Hellboy (David Harbour) - ele próprio, um demônio - é convocado.





Qual a chance de um "reboot" de um filme do fantástico Guillermo del Toro dar certo???? Considerando o talento e a criatividade do diretor, as chances certamente seriam pequenas. Esta obra vem para confirmar as previsões nada positivas. Enquanto Guillermo del Toro mostrou (como sempre) uma incrível habilidade para montar uma atmosfera pesada e sombria para o universo de Hellboy, Neil Marshall pareceu perdido entre excessivas e dispensáveis cenas de luta. O "Hellboy" original conseguiu equilibrar bem a ação e os dramas inerentes ao personagem sem descambar para a esquizofrenia dos filmes de super-heróis ou para um melodrama apoiado nos conflitos de identidade e familiares de Hellboy. O mesmo não acontece neste "reboot". Por um lado, temos um sem-fim de cenas de lutas que se seguem umas às outras e cujo fio condutor - a história - é insuficiente para "uni-las" satisfatoriamente, ou seja, parece tudo meio "solto". Por outro, a relação de Hellboy e seu pai parece um grande "mimimi", que facilmente resvala para um tom meio pieguinhas, nada a ver com o personagem da obra original (não sei quanto à HQ, já que nunca li um de seus quadrinhos). Então essa refilmagem é horrível??? É. Mas, de uma forma curiosa, consegue ser divertida apesar de tudo. Algumas cenas de ação são bem bacanas - a melhor é a luta de Hellboy com os três monstros gigantes, bem legal. Os efeitos especiais - que tomam 100% do tempo do filme - vão do incrível ao sofrível em questões de segundos, e vice-versa. A cena de Baba Yaga é ótima - a aparência da bruxa é, simplesmente, repulsiva e assustadora.O mesmo não posso dizer da cena da transformação do agente Daimio - bem "marromenos". Melhor solução foi encontrada na trilha sonora, excepcionalmente boa, com nomes como Muse, Alice Cooper e Motley Crue. David Harbour está muito bem como Hellboy e eventuais equívocos, no caso, devem ser imputados ao roteiro e à direção e não ao ator. Milla Jovovich mantém seu padrão "bela com pouco talento". Sasha Lane está bem como Alice e é uma personagem que desperta bastante simpatia. Gostei de rever Daniel Dae Kim, por quem nutro carinho desde a época de "Lost". O filme, enfim, é um grande agregado de erros, mas, ainda assim, conseguiu prender minha atenção e me divertir., por isso não vou "detoná-lo". Não é filme para crianças menores - muitas cenas com violência excessiva, decapitações, mutilações, eviscerações, e por aí vai. Se você não esperar demais, até dá para assistir a ele...

 
 
 

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