Filme do dia (331/2020) - "Identidade", de James Mangold, 2003 - Durante uma tempestade, dez pessoas aleatórias buscam abrigo em um hotel à beira de uma estrada. O que parecia ser um alívio, subitamente, transforma-se em um terrível pesadelo, quando, um a um, os presentes começam a ser assassinados.
Nesse suspense bacaninha, dirigido por um diretor com bons momentos, como "Garota, Interrompida" (1999), "Johnny & June" (2005), "Logan" (2017) e, mais recentemente, "Ford vs Ferrari" (2019), temos uma brincadeira de gato e rato com o espectador, que tenta desvendar o mistério por detrás das mortes dos personagens, enquanto vai sendo surpreendido por diversos "plots twists", alguns previsíveis, outros nem tanto. O espectador mais atento, no entanto, pode se divertir acertando as reviravoltas vindouras, uma vez que há, ao longo da narrativa, diversos "easter eggs" que dão as deixas para se chegar a algumas conclusões - confesso que algumas eu desvendei, em especial a principal delas, mas outras eu realmente fui pega de surpresa. A narrativa é não-linear, com flashbacks e acontecimentos paralelos, mas nada difícil de acompanhar. O ritmo é bem marcado e a atmosfera, lógico, bastante tensa. Gostaria de discorrer sobre a possível verossimilhança da história, mas mergulharia em um spoiler sem proporções, então vou me abster de tecer comentários sobre essa questão. Tecnicamente é um filme padrão Hollywood, sem grandes destaques, mas também sem nada que o desabone. No elenco, destaque evidente para John Cusack como o ex-policial Ed Dakota - bem, mas sem brilho; Amanda Peet como a garota de programa Paris; Ray Liotta como Rhodes - eu o acho meio canastrão até quando ele está bem no papel e nem é o caso aqui; Alfred Molina como Dr. Malick; uma sumida Rebbeca De Mornay como a atriz Caroline; Pruitt Taylor Vince como Malcolm Rivers; dentre outros. Eu diria que o filme é uma boa diversão e que vai agradar a maior parte do público. Recomendo para quem não quer nada muito profundo e gosta do gênero suspense.
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