Filme do dia (62/2021) - "Laurin", de Robert Sigl, 1989 - Em um vilarejo alemão do início do século XX, crianças desaparecem misteriosamente. Uma menina - Laurin (Dóra Szinetár) - começa a ter visões com a mãe recentemente falecida.

Que filme... esquisito. Trata-se de um filme de terror gótico que mistura assassinatos em série com sobrenatural e ainda tem um pé no surrealismo - uma obra bem pouco convencional. A história começa com a morte prematura da mãe da protagonista quando ela surpreende um homem sequestrando uma criança. Após esse fato, acompanhamos o cotidiano da menina na vila, o aparecimento de novos personagens e as primeiras visões da personagem. A impressão é que nada concatenava com nada, pois os acontecimentos correm em paralelo e só vão se encontrar nos últimos dez minutos de história. Mesmo a atmosfera sombria demora um tanto para se estabelecer - por certo tempo, tive a impressão que o filme se tratava de um drama e não de uma obra do gênero terror. O filme aproveita bem fotografia e direção de arte de época para impor o clima lúgubre, bem como da edição de som. Até mesmo a atriz que protagoniza a obra tem uma expressão estranha - durante boa parte da obra ela surge inexpressiva, com um olhar perdido, vazio, é só do meio para o fim ela começa a mostrar mais emoções. Meu estranhamento com o filme foi tanto que me sinto incapaz de dizer, de pronto, se gostei ou não da obra - eu acho que ela tem méritos, mas não sei se gostaria de revê-la. Deixo em aberto para que cada um decida por si se quer ou não arriscar a visita.
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