Filme do dia (261/2017) - "Lola", de Brillante Mendoza, 2009 - Em Manila, nas Filipinas, o neto de Lola Sepa (Anita Linda) é assassinado por Mateo, neto de Lola Puring (Rustica Carpio). As duas avós arcarão com as consequências do incidente e demonstrarão seu amor pelos respectivos netos.
O filme é uma evidente homenagem às muitas avós que habitam esse planeta e que fazem das tripas coração por seus netos, sejam eles quem forem. A história é simples, sem rebuscamentos e mostra as agruras pelas quais as duas idosas passam por seus entes queridos. O filme também retrata um pouco da realidade e da cultura das camadas mais humildes do povo filipino. A obra é poética, bonita, mas pode não agradar pelo ritmo extremamente lento. A fotografia do filme chamou a minha atenção, algumas cenas são muito bonitas, mas destaco a procissão de canoas no enterro do neto de Sepa, pura poesia. Quanto às interpretações, ambas as atrizes são ótimas e conseguem passar toda a carga emocional pela qual suas personagens estão passando. No entanto, a expressão de Anita Linda, carregada de dor, apesar de conformada, como se o mundo sempre houvesse sido um peso para aquela mulher, é impressionante. Bela história, belo filme. Recomendo para quem gosta de filmes beeeeem lentos.
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