Filme do dia (141/2016) - "Luzes da Ribalta", de Charles Chaplin, 1952 - Calvero (Charles Chaplin) é um velho palhaço, já esquecido pelo público, que salva a jovem bailarina Thereza (Claire Bloom) do suicídio. O idoso a acolhe em sua casa e passa a cuidar dela, enquanto a estimula a viver e amar a vida.
Melhor descrição para esse filme: OBRA PRIMA!!!!! Tudo bem, sou fã incondicional do artista, amo tudo o que ele fez, mas neste filme ele se superou!!! Nesta obra, Chaplin abandona (em parte) a comédia e envereda, com gosto, pelo terreno do drama. É seu filme mais filosófico, intimista e melancólico - prepare-se para derramar lágrimas no final - você FARÁ isso! A obra discorre, basicamente, sobre velhice, o ocaso da fama, abandono, amizade e gratidão. O filme é lindíssimo, de uma sensibilidade ímpar! Ainda tem o mérito de trazer, pela primeira e única vez, uma pequena parceria de Chaplin com Buster Keaton, que faz uma ponta na história. Tecnicamente, temos, nessa obra, algumas posições de câmera diferentes, sofisticadas, assim como raros movimentos de câmera, incomuns em seus filmes anteriores. A trilha sonora, extraordinária, composta, como sempre, pelo genial Chaplin, ganhou Oscar em sua categoria em 1973, um ano após ser exibido, pela primeira vez, em Los Angeles (não foi exibido antes por questões relacionadas ao posicionamento político de Charles Chaplin). Nesta obra, Chaplin aparece, pela primeira vez, sem seu famoso bigode (ou variações dele, como em "Monsieur Verdoux"), já bem entrado em anos, numa figura bastante melancólica. Claire Bloom, ótima em sua interpretação, passa da figura depressiva e desesperada do início para uma jovem radiante (sem spoilers). Maravilhoso, é obra para ser recomendada sempre e para todo e qualquer público!!!!
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