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hikafigueiredo

“Mais Que Amigos”, de Nicholas Stoller, 2022

Filme do dia (03/2024) – “Mais Que Amigos”, de Nicholas Stoller, 2022 – Bobby Leiber (Billy Eichner) é um célebre escritor que mantém um podcast sobre a vida gay em Nova York. Ele é chamado para ser curador de um museu sobre a história LGBTQIA+e, durante o novo desafio, conhece Aaron (Luke  Macfarlane), dando início a um não admitido relacionamento.




 

Confesso que algumas temáticas me atraem. Dentre elas, uma das que mais se destaca é a temática LGBTQIA+. Seja em dramas como “Bent” (1997), “Minha Vida em Cor de Rosa” (1997) ou “Me Chame pelo Seu Nome” (2017) ou comédias românticas como “Louvado Seja” (2003), “Com Amor, Simon” (2018) e “Vermelho, Branco e Sangue Azul” (2023), o tema é recorrente nos filmes a que assisto. Assim, natural me sentir atraída pela presente obra – que, embora trate de uma pauta “progressista”, mostrou-se terrivelmente convencional em sua forma. A história gira em torno de Bobby Leiber, uma figura conhecida no meio gay nova iorquino por conta de um podcast que mantém sobre o tema LGBTQIA+. Bobby assume seu total desinteresse por relacionamentos, limitados a encontros casuais pelo aplicativo Grindr. Certo dia ele conhece Aaron, um atraente advogado tão desinteressado em relacionamentos fixos quanto Bobby e, ainda que neguem, acabam, gradativamente, se envolvendo. Achei interessante a maneira como o filme apresenta a inconstância dos relacionamentos gays, a sanha capitalista pelo chamado “pink money”, as diferentes formas de se relacionar (relacionamentos monogâmicos, não-monogâmicos, poliamorosos, trisais) e a diversidade abarcada pela sigla LGBTQIA+ (através da equipe reunida na curadoria do museu), mas me decepcionei com o convencionalismo do formato da obra, que claramente segue uma “cartilha” hollywoodiana de comédia romântica. Outra coisa que não me ganhou foi o personagem Bobby, um sujeito chato e rabugento que não inspira qualquer simpatia. A narrativa é linear, em ritmo moderado e constante. A atmosfera alterna um romantismo suave com cenas mais “calientes”, que beiram a vulgaridade de filmes como “American Pie” (1999) e demais comédias picantes para quinta série (eu, particularmente, deixei de gostar deste tipo de humor lá pelos dezoito anos e se tem algo que não me causa riso é qualquer piadinha envolvendo sexualidade). Tecnicamente, a obra é super padrão, não tem nada que merece qualquer destaque. Quanto ao elenco, Billy Eichner – que também assina o roteiro junto com o diretor Nicholas Stoller – interpreta o antipático Bobby e não sei se o personagem é reflexo do ator ou se foi uma boa interpretação, mas, de qualquer forma, não me convenceu; Luke Macfarlane, por sua vez, interpretou um simpático Aaron, mas não poderia dizer que sua interpretação foi muito incrível. Destaque para a participação de Debra Messing como ela própria (para quem não sabe, ícone absoluto do público gay por sua participação no seriado “Will e Grace”). Como qualquer comédia romântica, o filme é fofo, até teve uma cena que me emocionou (a da música), mas não é um filme que marca minimamente e dificilmente lembrarei dele em poucas semanas. Indico apenas para quem tem interesse especial no tema.

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