Filme do dia (92/2020) - "Malasartes e o Duelo com a Morte", de Paulo Morelli, 2017 - Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) passa a vida na malandragem, dando golpes nos ingênuos. No dia do seu aniversário de vinte e um anos, Malasartes conhece seu padrinho - a Morte - que tem planos para o jovem.
O personagem Pedro Malasartes é uma tradicional figura folclórica portuguesa que acabou sendo absorvida, também, pela cultura brasileira. É um personagem malandro, astucioso, um verdadeiro trambiqueiro. O filme traz Malasartes em uma aventura com a Morte - e, lógico que, com esse argumento, a obra tem os dois pés no realismo fantástico. O roteiro é meio mais ou menos - é uma mistura de alhos com bugalhos, pois junta o personagem Malasartes com as Moiras, figuras da mitologia grega que fiavam os fios da vida dos mortais, tudo isso com um "molho" caipira, então, pode imaginar a zona que fizeram com as mitologias e folclores de diversas partes do mundo. Se abstrairmos esse pout-pourri mitológico, temos até que um personagem Malasartes interessante, bem caipira, deliciosamente interpretado por Jesuíta Barbosa (eu adoro o ator, confesso que quis ver esse filme só por causa dele). Acho, inclusive, que o melhor da obra é justamente o elenco do filme, que, além de Jesuíta, conta com gente ótima como Milhem Cortaz, Isis Valverde, Vera Holtz, Augusto Madeira e Julio Andrade. Okay que para contrabalançar, também tem o Leandro Hassum, mas deixa quieto... Gostei da direção de arte e da trilha sonora com música caipira tradicional (nada de sertanojo, pelamor). Detestei os efeitos especiais dignos de novela da Globo, podia passar sem. Definitivamente, eu só gostei mesmo de ver o Jesuíta Barbosa em ação. Não recomendo não.
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