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"Maverick", de Richard Donner, 1994

hikafigueiredo

Filme do dia (263/2020) - "Maverick", de Richard Donner, 1994 - No Velho Oeste, Bret Maverick (Mel Gibson) é um jogador de poker que precisa juntar vinte e cinco mil dólares para participar de um importante torneio daquele jogo. Nessa empreitada, ele conhece Anabelle Bransford (Jodie Foster), uma sedutora jogadora de mãos leves.





Baseado no seriado homônimo da década de 1950, o filme mistura romance, ação e comédia, sem se preocupar muito com lógica ou verossimilhança. Ao longo da narrativa, teremos várias pequenas reviravoltas, algumas tão prováveis como ganhar no poker com um royal straight flush. Definitivamente, não é um filme sutil nos absurdos - inclusive no que acontece na mesa de poker - mas acho que a obra é voltada para um público que não está mesmo muito preocupado com isso, quer apenas se divertir. A narrativa é meio truncada, começa com um grande flashback e depois passa a seguir tempo cronológico. O ritmo é igualmente irregular, com momentos mais lentos e outros mais tensos e marcados. A concepção de "Velho Oeste" não poderia ser mais clichê, com todos os elementos do tipo: saloons, pistoleiros, índios,e por aí vai. Acho que a parte mais divertida do filme está na cena dos índios, a única que se desvia um pouco do óbvio. Quanto aos quesitos técnicos, não tem muito o que falar - tudo muito padrão "Hollywood, baixo orçamento" - não tem nada que seja desastroso, tampouco algo que saia fora da curva. Mel Gibson tem uma interpretação meio histriônica, algo comum quando ele precisa fazer cenas cômicas (eu não acho que o ator tenha grande talento para a comédia, não sei por quê vira e mexe ele está metido em roteiros "engraçadinhos"). Jodie Foster é uma atriz de quem gosto muito, mas é outra que não tem timing para comédia, motivo pelo qual também não gostei da interpretação dela (que saudades da Clarice Starling...). Quem se sai melhor é James Garner, o ator que interpretava Bret Maverick na série, aqui no papel do "homem da lei" Zane Cooper - ele, sim, está à vontade no seu personagem. Alfred Molina, eterno vilão, interpreta o personagem Angel. James Coburn, já idoso, faz uma ponta como Comodoro e está, como James Garner, em seu habitat natural. O filme pode até ser divertido, mas não dá para negar que seja uma obra fraca e sem brilho. Eu achei "unhé",não vou recomendar, não.

 
 
 

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