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"Meu Coronel", de Laurent Herbiet, 2006

  • hikafigueiredo
  • 19 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Filme do dia (22/2020) - "Meu Coronel", de Laurent Herbiet, 2006 - Após o assassinato do Coronel Duplan (Olivier Gourmet), o exército francês inicia investigações para elucidar a autoria da ação. O envio de trechos do diário do jovem oficial Guy Rossi (Robinson Stévenin), que servira na Argélia anos antes, conduzirá os trabalhos de investigação, mostrando a ligação do Coronel a atos ilegais praticados pelo exército durante a guerra pela independência daquele país.





Com roteiro do diretor Costa-Gravas, o filme é uma ficção que discorre acerca dos conflitos entre o exército francês e os rebeldes argelinos que buscavam a emancipação da Argélia, até então colônia francesa. A obra foca, em especial, nos métodos violentos e ilegais usados pelo exército francês para desbaratar a rede da FLN (Frente de Libertação Nacional), que lutava pela independência argelina através de conflitos armados e atos terroristas. É, de certa forma, incômodo e doloroso acompanhar a descida ao inferno do jovem tenente Guy Rossi, instado a praticar atos ilegais, dentre eles torturas e execuções públicas, pelo terrível coronel Duplan. É um filme tenso, de ritmo crescente, com dois tempos cronológicos que são diferenciados pela fotografia P&B (acontecimentos passados durante a guerra na Argélia) ou colorida (tempo atual). Gostei bastante da direção de arte, principalmente da reconstrução do ambiente da Argélia durante aqueles anos de conflito. O forte da obra, certamente, é o roteiro muito bem construído, mas a interpretação dos atores também pode ser destacada - curto bastante o trabalho de Olivier Gourmet desde que assisti ao ótimo "O Exercício do Poder" (2011), é um ator muito competente e que faz ótimas escolhas de papéis. Robinson Stévenin também está muito bem como o conflituoso tenente Rossi, seu olhar é profundo e consegue transmitir o sofrimento do personagem em ter de acatar as ordens do coronel. No elenco, ainda, Cécile de France como a tenente Galois e Charles Aznavour como o pai do tenente Rossi. Bom filme, curto bastante roteiros históricos, em especial os políticos, e esse me agradou bastante. Recomendo.

 
 
 

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