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hikafigueiredo

"Mr. Nobody", de Jaco Van Dormael, 2009

Filme do dia (170/2018) - "Mr. Nobody", de Jaco Van Dormael, 2009 - 2092. Nemo Nobody (Jared Leto) é o último homem mortal e conta com 120 anos de idade. Nos seus prováveis últimos dias, Nemo conta a sua vida. Ou melhor... as suas vidas.





Como demorei tanto tempo para ver um filme tão bacana???? A obra é deliciosa, coloca o espectador para pensar e, de quebra, ainda dá uma pequena aula de física quântica para o público (é sério!)!!!. O filme faz uso de uma teoria científica como base para sua história, mais especificamente, a "Teoria das Cordas", segundo a qual existem várias "linhas de tempo" acontecendo concomitantemente. Na obra, Nemo consegue ter consciência dessas diversas linhas de tempo, ou seja, ele realmente vive e se lembra de várias realidades e, embora seja o protagonista de todas, os demais agentes mudam de acordo com suas escolhas. É muito interessante perceber o desenvolvimento das diversas linhas de tempo que, por vezes, abrem-se em novas perspectivas e dão origem a mais uma linha de tempo. Por sua própria natureza, a narrativa funciona numa cronologia própria e pode parecer bastante confusa para quem não "pescar" a proposta (conhecer a "Teoria das Cordas" ainda que muitíssimo superficialmente, como é o meu caso, ajuda a dar rumo à confusão). Diria que , além da questão do tempo, o filme trata de escolhas, medo, entrega e amor - sim, o filme tem um lado mega romântico. Tecnicamente, destaco a fotografia luminosa, muito clara e "limpa", a montagem que só Deus sabe como conseguiu dar lógica nas inúmeras linhas de tempo, a maquiagem que transformou o lindinho do Jared Leto num convincente senhor de 120 anos e a trilha sonora gostosinha com vários trechos de músicas legais, mas como realce da idosinha "Mr. Sandman". Quanto às interpretações, Jared Leto está incrível ao fazer várias alternativas do mesmo Nemo - não deve ter sido um trabalho fácil; também gostei demais de Sarah Polley como Elise, uma evidente bipolar em surto; Juno Temple arrasou como Anna jovem, assim como Toby Regbo como Nemo jovem. A obra dialoga com o filme "Efeito Borboleta" e até reproduz a história do "bater de asas de um borboleta pode ser responsável por um tufão do outro lado do mundo", etc, etc e tal. Olha... filme beeeeem legal, vale demais a pena. Recomendado para qualquer público, mas dá um trabalhinho no começo, até engrenar as histórias.

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