“Ninguém Vai te Salvar”, de Brian Duffield, 2023
- hikafigueiredo
- há 16 horas
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Filme do dia (127/2025) – “Ninguém Vai te Salvar”, de Brian Duffield, 2023 – Brynn (Kaitlyn Dever) é uma jovem que vive sozinha na sua casa de infância em um local afastado de uma pequena comunidade. Certo dia, ele acorda com estranhos sons vindos da parte de baixo da casa, ocasião em que descobre que sua casa foi invadida por um estranho ser humanoide.

Neste curioso filme de ficção científica e terror, acompanhamos a protagonista Brynn, uma jovem rejeitada por sua pequena comunidade por um terrível acontecimento na sua infância. Muito solitária, ela vive em um local afastado e sem qualquer comunicação com os demais moradores de sua cidadela. Quando sua casa é invadida por alienígenas, Brynn luta para manter-se viva, sabendo que não terá a quem recorrer. Apesar de ser um thriller de ficção científica/terror, o filme trata, também, das questões pessoais da protagonista e, em última análise, discorre sobre arrependimento, auto perdão, autocuidado e resiliência. Nossa personagem – praticamente a única da história – é tão solitária que, ao longo da narrativa, temos apenas cinco palavras ditas ao longo de seus 93 minutos de duração. Ainda que siga o tempo cronológico, a narrativa costura, aqui e ali, alguns flashbacks, bem como algumas alucinações da protagonista, perfazendo um caminho um pouco intrincado, de ritmo bastante ágil, para contar sua história. A atmosfera, muito bem construída, é tensa e leva, tanto a personagem, quanto o espectador, a um sentimento de urgência e impotência. A obra, um pouco irregular, tem pontos altos e baixos – se por um lado, os efeitos especiais são suficientes, não gostei da “variedade” de formas de alienígenas apresentadas; também não gostei muito da edição de som – não foram poucas as cenas em que os gritos da protagonista não coincidiam com a movimentação de sua boca, deixando muito claro terem sido editados na cena (não pode, gente, isso é o básico!). O desenho de produção me agradou bastante – tanto os figurinos, quanto os detalhes minuciosos da casa de Brynn, tudo foi muito caprichoso e adequado à personagem. O grande segredo do filme (sem spoiler) é revelado de uma maneira, no mínimo, criativa, e faz muito sentido em relação aos aspectos emocionais da protagonista. Quanto ao trabalho de Kaitlyn Dever – conhecida por sua participação na série The Last of Us -, eu achei sua interpretação bem pertinente, tanto nos momentos em que a personagem está vivendo sua vida cotidiana, quanto no instante em que tudo vira do avesso. O filme traça diálogo com obras bem importantes da ficção científica, como “Vampiros de Almas” (1956) e sua refilmagem “Invasores de Corpos” (1978) e com “Matrix” (1999). Apesar de alguns escorregões, admito que me diverti com o filme e fiquei bem envolvida pela história, motivo pelo qual acho que vale a visita, desde que não se espere demaaaaais. Segundo o Justwatch, está disponível em streaming pelo Disney +.