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"O Artista", de Michel Hazanavicius, 2011

  • hikafigueiredo
  • 28 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Filme do dia (186/2021) - "O Artista", de Michel Hazanavicius, 2011 - Hollywood, segunda metade da década de 1920. George Valentin (Jean Dujardin) é um galã do cinema, ainda na época que este não era falado. Ele conhece Peppy Miller (Bérénice Bejo) uma aspirante a atriz e grande fã, a quem ele dá uma ajuda no início de sua vida profissional. Com o advento do cinema falado, no entanto, a carreira de George Valentin entra em decadência, enquanto Peppy Miller torna-se a nova queridinha de Hollywood.





Este é um filme um pouco "ame ou odeie". Quem não abre mão de tecnologia, efeitos especiais - visuais ou sonoros - e ama um ritmo eletrizante, muito provavelmente não irá gostar da obra. Quem, por outro lado, gosta de filmes antigos, anteriores ao cinema falado, possivelmente sentirá certa nostalgia e verá com olhos simpáticos o filme. A história discorre sobre a passagem do cinema mudo para o falado, focando na figura de um astro de Hollywood e, nesse sentido, propõe uma obra como era naqueles idos - P&B e... muda. Sim, o filme é uma produção atual mas que segue a lógica do cinema do início do século XX, inclusive no formato da "janela" e na ausência de som. A ideia arriscada deu certo, uma vez que o filme fez sucesso na época de seu lançamento, além de ter "varrido" festivais e premiações - além do Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Direção, foi agraciado, em diversas categorias, com o BAFTA, o César, o Globo de Ouro, o Critics' Choice Awards, dentre outros. A produção é de um esmero só - da direção de arte à fotografia, do figurino à trilha sonora, tudo é extremamente caprichado. Da mesma forma, as interpretações são incríveis - até por recriarem o tipo de interpretação da época, com muita expressividade corporal e facial. O ator francês Jean Dujardin interpreta o simpático, porém orgulhoso, George Valetin e Bérénice Bejo, a espevitada Peppy Miller - juntos, eles ainda têm uma química fantástica! E para quem gosta de cães, também tem a participação do fofíssimo Uggie, um cachorro da raça Jack Russell, cheio de truques e charme. O filme tem um pé na metalinguagem ao trabalhar com filmes dentro do filme, além de várias boas sacadas - como o encontro de Valetin e Peppy, ele descendo as escadas (carreira em decadência) e ela subindo (carreira em ascensão), ou, ainda, as várias vezes em que a obra "brinca" com as ideias de falar e ouvir (como na cena que abre o filme). Eu sou suspeita pois não bastasse adorar o filme, ainda tenho um senhor crush no Jean Dujardin e paixão por Uggie!!!! Na minha opinião, vale muito a pena!!!!

 
 
 

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