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  • hikafigueiredo

"O Cérebro Maligno", de Felix E. Feist, 1953

Filme do dia (156/2022) - "O Cérebro Maligno", de Felix E. Feist, 1953 - Dois médicos - o Dr. Patrick Cory (Lew Ayres) e o Dr. Frank Schratt (Gene Evans) - recebem a incumbência de tentar salvar um milionário vítima de um acidente. O paciente morre, mas os médicos percebem que seu cérebro ainda permanece vivo, de forma que eles removem o cérebro do corpo e passam a fazer experiências com o órgão.





Última obra do box "Clássicos Sci-Fi - Anos 50", da Versátil, o filme transita entre ficção científica e terror, ora de aproximando de um gênero, ora de outro. A obra discorre sobre a ética na pesquisa e na medicina e as consequências de estudos realizados sem o devido controle. Na história, o cirurgião Dr. Cory convence seu colega e amigo De. Schratt a ajudá-lo a remover um cérebro ainda vivo de seu paciente já falecido. Eles conseguem manter o cérebro vivo e em funcionamento e descobrem que o órgão consegue influenciar - ou, diria melhor, controlar - um dos médicos, o qual fica maravilhado com a descoberta. Ocorre que o antigo possuidor do cérebro era uma pessoa de pouca ética e extremamente autoritário, de maneira que o médico influenciado pelo cérebro passa a ter condutas cada vez mais diversas daquelas que normalmente teria, transformando-se em outra pessoa. O roteiro, ainda que trabalhe com premissas um tanto quanto esdrúxulas, desenvolve-se bem, tem coerência e, dentro da lógica considerada, faz sentido - em outra palavras, é um roteiro bem alinhavado. A narrativa é totalmente linear, em um ritmo moderado e bastante estável. Apesar de flertar muito com o terror, não chega a ter uma atmosfera que dê medo, ainda que bastante sombria. Tecnicamente, é uma obra que não decepciona: tem uma bela fotografia P&B que se torna ligeiramente mais contrastada nas cenas de maior tensão. Os posicionamentos de câmera são bastante convencionais, sem grandes criatividades. Os planos são, prioritariamente, médios ou próximos, aproveitando a expressividade do elenco. Não há muitos efeitos especiais e os que têm não chegam a comprometer (não que sejam bons, mas também não são péssimos). O elenco se concentra em Lew Ayres como Dr. Cody, Gene Evans como Dr. Frank Schratt e - surpresa! - Nancy Reagan como Janice Cory, esposa do Dr. Cory. As interpretações dos três são suficientemente boas para dar credibilidade aos personagens. O destaque ficaria com Lew Ayres pelas mudanças fisionômicas e comportamentais de seu personagem Dr. Cory. É um filme gostosinho, daqueles agradáveis de se ver descompromissadamente, mas que não deve durar muito na memória. Para quem gosta de filmes "sessão da tarde", é uma boa pedida. Recomendo, mas sem entusiasmo.

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