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hikafigueiredo

"O Espelho", de Andrei Tarkovski, 1974

Filme do dia (58/2015) - "O Espelho", de Andrei Tarkovski, 1974 - Alexei (Ignat Daniltsev) relembra, na forma de fragmentos, sua vida, sendo, sua mãe (Margarita Terékhova), personagem recorrente de suas memórias.





Girando em torno da figura materna, o filme retrata passagens reais ou não, da história do autor. A obra, extremamente autoral, não segue qualquer linearidade. Na realidade, temos aqui um conjunto de imagens cuja intenção é despertar o lado mais sensorial, mais emocional, do espectador. As sensações, o onírico, as memórias, as angústias, estes são os assuntos tratados. Não, não é um filme fácil, aocontrário, pode ser absolutamente hermético caso o espectador se apegue ao racional. O melhor é deixar o filme fluir, como sonho, como água, sem impor barreiras e sem tentar grandes racionalizações. Acho que foi o filme mais próximo de uma videoarte que eu já vi. Como sou muito visual, curti bastante a fotografia e os movimentos de câmera - bastante sofisticados, por vezes - que reforçam essa sensação de sonho, de etéreo. A atriz que interpreta a mãe (na verdade, as mães, já que tem dois papéis no filme) , Margarita Terékhova, é uma das mulheres mais expressivas que já vi no cinema... que olhares são aqueles???? Bem... é bom o espectador estar aberto à experiência do filme... se a intenção for assistir uma história tradicional, melhor nem começar, você não vai curtir. Se eu gostei? Nem sei, viu... ainda estou digerindo a profusão de imagens e sensações....

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