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hikafigueiredo

"O Homem Terminal", de Mike Hodges, 1974

Filme do dia (76/2022) - "O Homem Terminal", de Mike Hodges, 1974 - Após sofrer um acidente, o cientista de TI Harry Benson (George Segal) passa a apresentar surtos de comportamento violento. No intuito de parar estas crises e conseguir viver novamente em sociedade, ele concorda em se submeter a uma cirurgia que implantará eletrodos em seu cérebro, sem se dar conta de que isso poderá representar uma sério risco ao seu livre arbítrio.





Baseado em um romance de Michael Crichton, o filme alerta para o perigo da interação entre homem e máquina, indicando como o comportamento humano poderia ser facilmente controlado por terceiros através dos computadores - okay, tenho de concordar que, muito embora não tenhamos qualquer eletrodo implantado em nossos cérebros, a história é bastante visionária e crítica quanto ao controle das pessoas através da computação, e as redes sociais estão aí para comprovar a hipótese retratada. Na narrativa, o personagem Harry Benson almeja acabar com seus surtos de violência, mas, a interação com os eletrodos, na verdade, apenas potencializa suas crises, que passam a acontecer em intervalos cada vez menores. A história discorre, ainda, sobre ética científica e médica, já que o personagem foi escolhido dentre prisioneiros e aliciado com promessas de cura e liberdade, acolhendo, assim, uma cirurgia completamente experimental e se colocando como cobaia na mão de cientistas bem pouco empáticos, que o tratam como seu "rato branco". A narrativa é linear, em ritmo marcado e crescente. A atmosfera é de agonia e tensão, pois não apenas Harry sofrerá as consequências da cirurgia, mas, também, qualquer um ao seu redor. Tanto estética, quanto tecnicamente, a obra segue o padrão hollywoodiano da década de 70, mas eu destacaria, por mera curiosidade, a direção de arte relacionada aos computadores - é interessante ver como eles projetavam que seriam computadores, monitores, etc, em um futuro próximo. No elenco, sobressai o ótimo trabalho de George Segal que, embora tenha firmado sua carreira em papeis cômicos, também se saía muito bem em papeis dramáticos como o personagem Harry Benson que, aqui, acaba tendo, praticamente, duas personalidades diferentes. Joan Hackett interpreta a médica Janet Ross - eu a achei um pouco inexpressiva, não gostei muito de sua interpretação. Jill Clayburgh interpreta a personagem Angela Black, Richard Dysart o Dr. John Ellis e Donald Moffat o Dr. McPherson. Eu achei o filme um pouco irregular no seu ritmo - bem parado no início, bastante dinâmico no final, mas o resultado me foi bastante satisfatório. Recomendo em especial para quem curte ficção científica.

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