Filme do dia (108/2021) - "O Planeta dos Vampiros", de Mario Bava, 1965 - As naves espaciais Argos e Galliot saem em uma missão de investigação no planeta Aura. Quando a nave Argos pousa na superfície do planeta, sua tripulação desenvolve uma estranha e violenta conduta, lutando uns contra os outros sem saberem o motivo disto. Após serem contidos, os tripulantes saem em busca da nave irmã Galliot e constatam, horrorizados, que seus ocupantes agrediram-se até a morte. Presos momentaneamente naquele planeta, os tripulantes passam a investigar a circunstâncias da morte de seus colegas.
O diretor italiano Mario Bava notabilizou-se como diretor e roteirista de filmes "giallo" e de terror "slasher". Aqui, ele enveredou pelo gênero sci-fi sem, no entanto, afastar-se das sangrentas cenas de assassinatos e mortes. Como boa parte dos filmes do diretor, a obra tem uma estética meio "B", muito sangue cenográfico "fake", uma iluminação colorida diferente e bizarra e efeitos especiais bastante simples. Não vou mentir que adoro o estilo desse diretor - não é muito a minha praia -, mas, para quem gosta, essa obra mantém-se fiel à filmografia de Bava, mesmo sendo uma ficção-científica. A narrativa é linear e o ritmo é bem marcado. A atmosfera é de mistério e tensão e, a última cena, marcada por uma irônica surpresa, que, para mim, valeu o filme. A fotografia é um colorido um pouco "lavado", ou seja, sem muito contraste ou saturação, com enquadramentos bem tradicionais e, como já disse, o uso de uma iluminação colorida marcante, bem típica do diretor. Achei a direção de arte do filme bem tosca, inclusive os figurinos. No elenco, uma curiosidade: a presença da atriz brasileira Norma Bengell no papel de Sanya, além de Barry Sullivan como capitão Mark, Angel Aranda como Wess e Evi Marandi como Tiona - todo mundo numa interpretação meio canastrona, reforçando a cara de filme "B". Eu estava achando o filme mais ou menos, mas acho que a tirada final valeu completamente a obra.
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