Filme do dia (405/2020) - "Os Homens Preferem as Loiras", de Howard Hawks, 1953 - Lorelei Lee (Marilyn Monroe ) é uma corista de show que sonha em casar com um homem rico. Ela é cortejada por Gus Esmond (Tommy Noonan), o filho desajeitado de um milionário, que a convida para uma viagem à França para, então, casarem. Como ele não pode acompanhá-la, a amiga de Lorelei , Dorothy Shaw (Jane Russell) vai na viagem com ela. O problema é que, no navio, também está Ernie Malone (Elliot Reid), um detetive contratado pelo pai de Gus para investigar Lorelei.
Classificado como comédia romântica, o filme (mais uma vez), explora a imagem de "loira burra e interesseira" vinculada à Marilyn Monroe - ainda que a atriz interpretasse muito bem essa personagem, aproveitando todo o seu talento cômico, se pararmos para pensar, haja machismo nessa imagem, não? A história acompanha as peripécias de Lorelei e Dorothy para impedir que Ernie consiga provas pouco "salutares" para a reputação de Lorelei (que não conseguia se controlar quando à frente de um milionário). A narrativa é linear, o ritmo é de uma comédia de erros e a atmosfera é descontraída e alegre. O filme é lembrado pela icônica cena imortalizada por Marilyn (e depois homenageada por ninguém menos que Madonna, em "Material Girl") da atriz cantando "Diamonds are the girls best friend" - porque, claro, não poderiam faltar os números musicais da obra (Marilyn Monroe, ainda que não fosse uma cantora e dançarina, conseguia sair-se bem nestas cenas, mas, Jesus Cristinho, Jane Russell tinha a graça e "molejo" de um bloco de concreto... tenho pena do coreógrafo do filme). O padrão técnico era o de Hollywood, sem grandes destaques. No elenco, Marilyn reinando solitária, já que Jane Russell, embora muito bonita, e, na época, muito mais famosa que Marilyn, não fazia frente à atriz em nenhum quesito. Tommy Noonan interpreta bem o bobalhão Gus, Elliot Reid não me "ganhou" como Ernie Malone, e Charles Coburn interpreta Francis "Piggie" Beekman, um milionário com queda para mocinhas bonitas. O filme é simpatiquinho, mas, como eu disse, é um show de machismo que, hoje em dia, não seria nem um pouco bem visto. Vale pela memorável cena já mencionada e pela cena de Marilyn presa da escotilha e ajudada por "Sir" Spofford III (ótima, a única que realmente me tirou uma risada). Recomendo pela importância histórica.
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