Filme do dia (159/2023) – “Os Seus, Os Meus e Os Nossos”, de Raja Gosnell, 2005 – a viúva Helen North (Rene Russo) reencontra o namorado de juventude, Frank Beardsley (Dennis Quaid), agora também viúvo. Eles se reapaixonam e decidem se casar. Ocorre que Frank tem oito filhos e, Helen, dez, tornando difícil a convivência em família.
Refilmagem do clássico homônimo de 1968, a obra é uma comedinha romântica bem ingênua focada nas dificuldades do casal em manejar uma família tão numerosa. Para piorar a questão, as “famílias originais” são completamente opostas – enquanto os filhos de Frank, um militar da Guarda Costeira, estão acostumados a viver sob rígida disciplina, a família de Helen, uma artista plástica, vive segundo sua natureza livre e criativa, a dificultar o entendimento entre todos. Gostei da forma como as duas famílias foram caracterizadas para marcar bem as diferenças: na família Beardsley encontramos os adolescentes mais “padrõezinhos” – a líder de torcida, o atleta popular pleiteando a presidência do grêmio, os adolescentes estudiosos e disciplinados; na família North, por outro lado, temos um panorama bem mais diversificado – diferentes etnias (já que seis deles foram adotados), estilos diversos (a adolescente hippie, o rapaz que gosta de heavy metal), jovens e crianças mais criativas e até mesmo a sugestão de diferentes orientações sexuais (na forma de um menino oriental claramente afeminado). A “moral da história” é mais que óbvia – é possível conviver respeitando as particularidades e diferenças de cada um. A narrativa é linear e, o ritmo, bem marcado e crescente. A atmosfera é leve, bem “filme família”. O filme segue o padrão “Hollywood médio” de qualidade – tudo muito bem feito, mas sem qualquer brilho ou toque autoral. Para mim, o mais divertido foi ver o elenco jovem, cheio de intérpretes desconhecidos que, no futuro, iriam aparecer em séries e seriados televisivos, com destaques para Miranda Cosgrove, que ficou famosa em “I-Carly” e Drake Bell, de “Drake & Josh”. Como protagonistas, Dennis Quaid, exercitando seu lado cômico, como Frank e Rene Russo como Helen (confesso que tenho certo ranço da atriz e nunca a vejo com muita simpatia). Linda Hunt aparece numa ponta como Sra. Munion. O filme é divertidinho e um bom entretenimento para quem quer ver algo leve com a família.
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